Noite. O firmamento
Está de estrelas salpicado.
A lua brinca entre elas
Qual um ente enamorado.
Como é lindo à meia-noite
Conversar com as estrelas,
Fitá-las no firmamento
Amá-las, ouvir e vê-las.
Gosto de amar as estrelas,
Elas namoram comigo,
Escuto o que me dizem,
Quanto segredo não digo!
Como é bom ouvir estrelas
Quando a noite está quieta.
Mas as estrelas só amam
Só conversam com poeta.
Foi do seio das estrelas
Que nasceu a poesia
Regada por uma lágrima
De um soluço de Maria.
Quando à noite estou dormindo
Ouço alguém a me chamar
São estrelas que me chamam
Pois me querem namorar.
Levanto-me, abro a porta,
Saio quase na carreira
Passo logo a ouvi-las
Nos amamos a noite inteira.
Quando a noite vai morrendo
Que no céu desponta a aurora
As estrelas se despedem
Num soluço e vão embora.
Passo, pois, o dia triste
Sinto medo de perdê-las
Peço a Deus que a noite venha
Pois desejo ouvir e vê-las.
Mais um belo poema do Jose Augusto. Nossos agradecimentos a Stela por enviar este primor de versos do seu avô. Obrigado e aguardamos novos poemas para levarmos ao publici leitor.
ResponderExcluirAmigos:
ResponderExcluirPara mim este é um dos mais belos poemas de Zé Augusto.
Faço uma louvação de agradecimento ao poeta por suas lições de poesia, que alguns de nós, seus netos, bisnetos e trinetos já carregamos na alma e no coração e, podemos como ele, maravilhados com a imensidão do cosmo, ouvir estrelas e interpretar as sinalizações do céu.
Abraços poéticos
Stela
Stela. Você já dise o que eu ia comentar.
ResponderExcluirO seu avô era de uma inspiração
fora de série.Não deixa de mandar
Esses trabalhos do saudoso poeta.
Para nós que fazemos uns versinhos,
essse é um aprendizado.
Abraço lá de nós.
Mundim.