Nesta hora me levanto,
Como é linda a natureza!
O galo solta seu canto,
A lua no céu acesa.
Chama o sol o caburé,
Gargalha o gordo jacu,
Qual sentinela de fé
Apita logo a nambu.
Muge a vaca no chiqueiro
E vai da cama se erguendo.
Se levanta o bom vaqueiro
E vem na cuia batendo.
Vai o céu iluminando
Seu manto de pedraria
As estrelas se apagando
Para dar entrada ao dia.
Nas árvores frondosas
Solta seu canto o xexéu
E as estrelas medrosas
Vão se escondendo no céu.
Surge além no horizonte
O incêndio da alvorada
Doura a cabeça do monte
Sua noiva coroada.
Vem o sol com seus eflúvios
E seu raio que mais brilha,
Vai coroando de luz
A fronte de minha filha.
As avezinhas garbosas
Vão desprendendo seu canto
E saudando com firmeza
O lindo festão do campo.
"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".
Dom Helder Câmara
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Xexeu, Jacu, Caboré e nanbu é a natureza em poesia. Muito bonito e prazeroso de ler.
ResponderExcluirEstou sempre dando uma passada por aqui , tá bom demais , um amigo me indicou este blog ,valeu!!!
ResponderExcluirV. Oliveira.
ResponderExcluirAgradecemos sua visita e seu comentario. Alem de agregar valor e enriquecer a postagem, alimenta nossa vontade de continuar pesquizando e descobrindo valores, resgatando-os para posteridade. Um grande abraço e um bom dia.
A. Morais
Um dos temas preferidos do poeta Zé Augusto: o amanhecer com toda beleza da natureza explodindo. Mais um belo poema.
ResponderExcluirStela, Morais,
ResponderExcluirO entardecer, apesar de romântico, é triste. Diferente do amanhecer, que além de belo é bastante alegre. O Zé Augusto externa a alegria desse delicioso momento do dia.
Belo Poema.
Belo poema, que fez-me recordar o amanhecer de meus dias, quando ainda criança, na Rua José Correia Sobrinho, em frente ao mercado. Boas recordações.
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