Quando me encontro na presença tua,
Sentindo este teu riso de criança,
Meus desejos são um barco que flutua;
os labios teus o fluido em qu'ele avança.
Se o riso em teus labios se acentua,
Renasce em mim a paz, a esperança.
Vejo entre eles o renascer da lua,
Que torna minha alma clara, mansa.
E, se, de leve, os cerras, por momento,
Os vendo semi-abertos, me contento,
Como se o céu 'stivesse em mim presente.
E, se teus labios fecham muito bem
Como quem em prece finda, diz amem,
Me enches de deleite novamente.
"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".
Dom Helder Câmara
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Mais um soneto de agradavel leitura.
ResponderExcluirPARA FAZER UM CORDEL, A IDÉIA JÁ ESTANDO NA CABEÇA, A GENTE FAZ NUM DIA. MAS PARA FAZER UM SONETO, DIGO POR MIM, DEMORO DEZ VEZES MAIS.
ResponderExcluirPARABÉNS POETA.