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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


terça-feira, 10 de maio de 2011

O tempo é o Senhor da razão - por Armando Lopes Rafael


O falecido general Olympio Mourão Filho não era apenas um homem inteligente e visionário. Era um profeta! Pensando nele, me vêm agora à lembrança dois provérbios: “O tempo é mesmo o Senhor da razão” (como diz a Bíblia) e “Nada como um dia atrás do outro”, como diziam nossos avós...

Quantas vezes, nos últimos oito anos, uma minoria ínfima de brasileiros – que não engrossou o bloco do ôba-ôba reinante no Brasil no governo Lula – foi criticada pelos deslumbrados petistas. Estes achavam que o ex-presidente era mesmo “O Cara” e a partir dele a história do Brasil começara a ser reescrita.


Aquela minoria apenas enxergava e alertava quanto ao rumo errado que nosso país começava a mergulhar fundo. Debalde! Falou mais alto a bajulação. Prevaleceu o achincalhamento aos que pensavam diferente. Amizades foram desfeitas porque fazer restrição a algumas decisões do “Cara” era crime de lesa-pátria!
Esta semana li – não com prazer, mas preocupado – artigo publicado no Estadão, de onde pincei as frases a seguir transcritas:
“Agora, às voltas com renitente inflação gerada pela farra fiscal que fez Lula popular e elegeu Dilma, vivem (os governistas) momento difícil e não têm bode expiatório para execrar”...) “Lula melou as mãos de petróleo, alardeando autossuficiência que jamais houve. Mágico de circo, "trouxe" o pré-sal para o presente, dando a impressão de que os benefícios seriam para o hoje, quando mil dúvidas, a começar pelo marco regulatório, rondam o êxito das operações” (...) “Hoje a dívida pública é mais que o dobro da que herdaram (os petistas em 2003): R$ 1,7 trilhão” (...) “Temo turbulências. Que a democracia saia vencedora de qualquer desafio que se anteponha à sua consolidação plena”.

Tudo isso me fez lembrar o livro “A verdade de um Revolucionário”, publicado em 1978, de autoria do general Olympio Mourão Filho, que escreveu: "Ponha-se na Presidência da República qualquer medíocre, louco ou semianalfabeto, e vinte e quatro horas depois a horda de aduladores estará à sua volta, brandindo o elogio como arma, convencendo-o de que é um gênio político e um grande homem, e de que tudo o que faz está certo. Em pouco tempo transforma-se um ignorante em um sábio, um louco em um gênio equilibrado, um primário em um estadista. E um homem nessa posição, empunhando as rédeas de um poder praticamente sem limites, embriagado pela bajulação, transforma-se num monstro perigoso".
Algo mais precisa ser acrescentado?
Texto e postagem de Armando Lopes Rafael

3 comentários:

  1. Prezado Armando.

    Há outro dito que se enquadra direitinho nesta farsa. "Pra frente é que as malas batem". O governo dominou os politicos todos, a imprensa, fez lavagem cerebral no povo, mas esqueceu que o tempo, o juiz implacavel, passa e com ele aclaram as verdades. Há nove anos Lula fez festa para Transnordestina - o que se vê? - Nada feito. O governo está em dificuldades: com restos a pagar que somam 160 bilhões, se pagar quebra, se não pagar pára, porque ninguem presta serviços sem receber. E o Tempo correndo, solto a mostrar as verdades.

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  2. Como bem afirmou Eduardo Graeff: “O grande problema (do PT) é a desonestidade. Não falo só da corrupção desenfreada. Pior que isso, para mim, é a desonestidade intelectual: o uso sistemático da mentira como arma política. Este é o pecado original que inspira outros pecados do PT, idiotiza seus quadros, polui sua relação com os aliados, azeda o diálogo com adversários e o indispõe com a liberdade de imprensa.
    A inconsistência das “bravatas” ficou clara quando Lula chegou ao governo e abraçou as políticas de FHC. Isso não impediu Lula de inventar a “herança maldita”.
    Herança maldita – diga-se a verdade – é a que Dilma herdou de Lula...
    Prá frente é que as malas batem...

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  3. A verdade:

    O povo não quer mesmo é o PSDB mandando aqui. Nem seu principal guru, FHC quer saber mais da tucanada que não sabia o que queria. O pássaro raro agora vai pousar em outros galhos! Provavelmente no novo partido que Gilberto Kassab, prefeito de São Paulo, acabou de resgata, o PSD. Segundo Kassab, o partido nem é de direita, nem de esquerda e muito menos de centro, então tá explicado é o novo partido do muro!
    A verdade é que aquela gente arrogante do FMI não vem mais aqui encher o saco. Fora FMI! é coisa do passado.

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