Zé Mariano tinha uma paixão por Rita Dondom e Rita por sua vez, não descartava a possibilidade do namoro.
Era dia 26 de agosto de 1968. Festa do padroeiro, parque de diversões e uma vaquejada no final da rua do Juazeiro, no terreno de propriedade de Mundoca Jucá.
Zé vestiu uma calça de tropical, uma camisa volta ao mundo e calçou um sapato bamba, passou na mercearia de José Felipe Neto, comprou dez cruzeiros de brilhantina glostora e saiu em direção da vaquejada já se achando. Aquele sol de agosto derreteu toda a brilhantina, que ficou escorrendo sobre o seu rosto e camisa onde misturou-se com a poeira e mais algumas impurezas formando uma secreção com a cor de colorau.
Próximo a faixa de chegada estava Rita conversando com uma colega, quando Mariano chegou logo abordando a sua apaixonada:
- Rita eu vim aqui prumode te chamar pra nóis ir hoje de noite rodar na roda gigante, qui é pra nóis fazer inveja as moça do Chico.
A colega de Rita tratou logo de tapar o nariz com os dedos.
Rita falou para a colega:
- Deus me defenda! Tu acha neguinha? Qui eu vou andar mais Zé desse jeito, tá parecendo é cum um poico.
Zé reagiu dizendo:
- É. Mais quando é pra eu pagar doce de leite no café de Zé Pereira, tu diz qui gosta deu.
- Basta! Apóis se for por isso eu vou mandar pai trazer cinco rapadura do ingém de Zé Carro e te dou.
- É. Né? E o prefume qui eu te dei quando tu compretou ano?
- Mais era só o qui faltava. Um vidro de prefume do tamãe dum vidro de pinicilina. Apóis eu vou incumendar um litro de óleo de coco pra dá a tu.
- Apóis eu vou é atrás de Rita de Briante qui faz tempo qui ela anda roendo atráis deu.
Era dia 26 de agosto de 1968. Festa do padroeiro, parque de diversões e uma vaquejada no final da rua do Juazeiro, no terreno de propriedade de Mundoca Jucá.
Zé vestiu uma calça de tropical, uma camisa volta ao mundo e calçou um sapato bamba, passou na mercearia de José Felipe Neto, comprou dez cruzeiros de brilhantina glostora e saiu em direção da vaquejada já se achando. Aquele sol de agosto derreteu toda a brilhantina, que ficou escorrendo sobre o seu rosto e camisa onde misturou-se com a poeira e mais algumas impurezas formando uma secreção com a cor de colorau.
Próximo a faixa de chegada estava Rita conversando com uma colega, quando Mariano chegou logo abordando a sua apaixonada:
- Rita eu vim aqui prumode te chamar pra nóis ir hoje de noite rodar na roda gigante, qui é pra nóis fazer inveja as moça do Chico.
A colega de Rita tratou logo de tapar o nariz com os dedos.
Rita falou para a colega:
- Deus me defenda! Tu acha neguinha? Qui eu vou andar mais Zé desse jeito, tá parecendo é cum um poico.
Zé reagiu dizendo:
- É. Mais quando é pra eu pagar doce de leite no café de Zé Pereira, tu diz qui gosta deu.
- Basta! Apóis se for por isso eu vou mandar pai trazer cinco rapadura do ingém de Zé Carro e te dou.
- É. Né? E o prefume qui eu te dei quando tu compretou ano?
- Mais era só o qui faltava. Um vidro de prefume do tamãe dum vidro de pinicilina. Apóis eu vou incumendar um litro de óleo de coco pra dá a tu.
- Apóis eu vou é atrás de Rita de Briante qui faz tempo qui ela anda roendo atráis deu.
Prezado Mundim.
ResponderExcluirParabens por mais uma bela historia.
Voce acha que com tantas Ritas Ze Mariano ia esmorecer? Uma Boa historia. Lembro da Vaquejada num terreno que ficava entre Manu e a Lavanderia. Foi promovida por Eliseu Satiro e Dr. Luiz Luciano.
Eita, Raimundinho, que tu vai é longe demais!
ResponderExcluirEu me lembro dessa vaqueijada...Ô tempo bom, minino!
Uma das maiores paixões da minha vida foi vivida nessa vaqueijada!!!