Não sei o nome de batismo ou registro no cartório, mas, era vulgarmente conhecido por Caboré. Morava no sitio Baixa Dantas em Crato, tinha quatro filhos homens com idade e diferença de um ano de um para o outro, nenhum de maior.
Criados rigorosamente de acordo com o que determina o Estatuto da Criança e Adolescente: Não podiam trabalhar, embora pudessem beber pinga, fumar maconha, roubar, assaltar e até matar se preciso fosse.
Difícil saber qual deles o mais preguiçoso e malandro, qualidades essenciais para, merecidamente, receberem o bolsa família, afinal, são quatro a se somarem ao pai e mãe elegendo esse sistema de governo que se instalou no Brasil de tempos para cá,
Um dia, mesmo correndo o risco de ser preso, Caboré botou moral : Vamos acabar com essa moleza, todos pra roça comigo, podem me acompanhar, cada um pegue sua ferramenta, não quero ouvir conversa mole, lenga lenga nem queré-quequé.
Saíram todos, Caboré na frente, brabo como um siri na lata e a reca atrás. Lá pelo meio do caminho um resmungou para o outro: Tão bom se uma cobra jararaca me mordesse, assim eu voltava pra casa!
O outro : Besta, bom era se a jararaca mordesse pai que nós "vortava tudim".
De tempos pra cá os pais perderam o direito de educar os filhos. Educar como foram educados. Bons costumes e respeito perderam a validade por determinação do estado.
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