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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


segunda-feira, 8 de junho de 2009

Só o mi.

Certa vez o Sr. Antônio Costa inventou um comércio de milho cozido em Várzea Alegre e botou seus filhos Antônio Ulisses e Chico Neném ainda garotos, para vender o produto na cidade. A empregada Tereza era encarregada de cozinhar e dividir o milho em dois caldeirões grandes. Os clientes de Antônio Ulisses eram os comerciantes. Já os de Chico Neném eram: carpinteiros, alfaiates, padeiros e estudantes. O mercado estava excelente, mas quando era na hora do retorno, Chico neném voltava com o caldeirão todo amassado. Tereza resolveu chamar Chico a atenção: Chico! Pruque qui todo dia tu vorta cum esse caldeirão todo amassado? E Antônio Ulisses vorta cum o dele bem dereitim. Será qui tu tá é jogando bola cum o caldeirão? É não Tereza! È porque meu irmão vende Só o mí. E eu vendo o mi e sabugo. E o qui é qui o meu caldeirão tem a ver cum isso? É porque nós vende a espiga a dez mil réis. Mais os caba me pergunta se eu quero vender a vinte mil réis pra quando eles acabar de comer, tacar o sabugo neu. Aí eu topo né? Mais eu boto o caldeirão assim na frente, qui é pra livrar pelo meno o peduvido.
Mundim do Vale

Um comentário:

  1. Mundim.

    Um belo resgate, especialmente para quem conheceu estes varzealegrenses prestimosos.

    Abraço.

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