O barbeiro Raimundo Inácio fazia a barba de Carlitos Cassundé. Enquanto Osmundo, João Alves e Antônio Justino conversavam no banco aguardando a vez. O assunto era homens ricos: Fulano tinha muito gado, Beltrano tinha muita terra, Sicrano tinha muito dinheiro e por aí ia. Num momento em que a conversa tava mais para discussão, Antônio Justino falou: Vocês deixem de besteira que não tem nenhum desses aí que seja rico que nem Seu Mário Leal. O homem tem um jeep, tem muito gado e seis fazendas. De Carius a Aiuaba é cada fazenda tão medonha, que ninguém sabe onde começa nem onde termina. Certa vez eu fui mais Zé Gregório caçar numa fazenda de Seu Mário, quando nós chegamos ele mandou nós entrar no jeep para conhecer a fazenda. Diz aí, que nós passamos o dia todim andando naquele jeep e não chegamos no fim das terras do seu Mario Leal. O espirituoso barbeiro Raimundo Inácio, que até então tinha ficado só escutando, resolveu entrar no assunto: É mesmo. Aquele tal de jeep é carro ronceiro da gota serena. Quinco Honório tinha um bicho daquele que só vivia no empurrão.
Mundim do Vale.
Mundim.
ResponderExcluirVeja como Raimundo Inacio apequenou as fazendas do Seu Mario Leal e desmentiu Antonio Justino. No empurrão carro velho anda pouco.