Páginas


"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


domingo, 17 de março de 2024

183 - O Crato de Antigamente - Por Antônio Morais.


José de Adálio - Zé Gatinha.

Zé Gatinha, cujo nome José Adálio, uma figura admirada e ao mesmo tempo odiada pelas travessuras que praticara em Várzea Alegre, em pouco tempo que conviveu com a nossa gente. Foi na década de 60 com a explosão da Jovem Guarda, os rádios e amplificadoras tocavam as músicas dos ídolos Roberto Carlos e sua turma que apaixonaram muitos jovens naquela época.

Em V. Alegre naquele tempo tinha como costumes, o encontro dos brotos na praça central todas as noites. Passeavam em torno da praça os homens e as mulheres em sentido contrários. Ali os brotos flertavam ouvindo as músicas apaixonadas do iê...iê...iê. Paixões incendiavam muitos corações. Noites acordadas sofreram muitos apaixonados. Quando ia se aproximando o final das férias estudantis, a saudade batia com mais força e dor nos corações daqueles jovens. Prenúncio de que alguém ia partir deixando a sua paixão naquele torrão amado.

Aí entra a estória de Zé Gatinha. O seu pai Manoel Totô, possuía um "misto" que fazia a linha V.Alegre ao Crato, e a figura Zé Gatinha era ajudante do pai. Todas as segundas-feiras o misto saía de V.Alegre de uma agência que ficava em frente a prefeitura municipal. Era uma multidão de gente querendo mandar encomendas pra familiares em Crato. Mas o que chamava mais a atenção era a quantidade de jovens entregando cartas ao Zé Gatinha para serem entregues aos amores que estavam distantes.

O misto partia com inúmeras cartas nas mãos do Zé Adálio, nisso quando chegava na Serra de São Pedro em que o transporte começava a subir a ladeira vagarosamente, o ajudante subia ao bagageiro e começava a ler as cartas dos apaixonados e logo após as rasgava. Certo dia ao se encontrar com um dos apaixonados, foi chamado à atenção que não tivera recebido a resposta da carta de sua amada, de imediato, ele disse que ela tinha sabido que ele tinha arranjado outra garota e que o namoro tava terminado.

Foi denunciado  por  ele mesmo.

9 comentários:

  1. Zé Gatinha trabalhou trabalhou algumas vezes na Viação Varzealegrense de Seu Raimundo Ferreira. Certa vez Zé precisou levar um ônibus d egaragem(vazio0 para São paulo. Aviajem naquele tempo era 72 horas. Zé Gatinha tirou em 30. Quando Manoel Ferreira viu, foi logo dizendo. Pois é Zé, tu deixa o ônibus aí e vai procurar outro emprego que aqui não é fórmula 1, não.

    ResponderExcluir
  2. Grande figura apaixonado por política. Ele era daqueles torcedores fortes e por força de todo muito fofoqueiro. Outra grande paixão de Zé Gatinha era o esporte, manteve no final da década de 60 e início de 70 a seleção de Várzea-Alegre na elite ganhando de todos os times das cidades circunvizinhas. Tomou de conta da Vespa de Lourival Frutuoso, mas na espera de galo em Luis Bastão quase que ele destruiu por total com uma paulada achando que iria acertar no galo.

    ResponderExcluir
  3. A agencia em frente a Prefeitura, em Várzea Alegre, era a mercearia do seu Clementino, o pai do compositor - Zé - esse funcionário público federal, lotado no DCT - Departamento de Correios e Telégrafos, antes de ser criada a empresa EBCT; esta, ao ser criada, Zé Clementino, foi lotado no INSS, no Crato

    ResponderExcluir
  4. Já imaginou. Alem de não entregar a carta para o amado ou amada ainda lia e ficava sabendo as bem-querenças apaixonadas. Grande Zé, deixou muita saudade.

    Como Udenista era 80%, como dirigente de futebol era 90% e como juiz de futebol era 100% varzealegrense. Com ele de arbitro Várzea-Alegre não perdia uma.

    ResponderExcluir
  5. Lourival Clementino(meu avô),era o pai de Zé Clementino.Sua mercearia ficava em frente a PMVA.No prédio,por um bom tempo,funcionou o Foto de Leandro Correia.Era vizinho a oficina de móveis do Sr. Zé Mouco.

    ResponderExcluir
  6. Eu quando criança. Tinha muita vontade de entrar em um destes veículos misto e me sentar no último banco .pensava eu deve ser muito gostoso .e muito importante. Cá cá cá .mais mais ficou
    Só na vontade...

    ResponderExcluir
  7. Zé gatinha sua irmã foi minha professora seu irmão Francisco meu charar jogou bola comigo morava nos Patos Zé era uma figura istrovertida brincalhão quê Deus lhe ponha no reino da glória

    ResponderExcluir