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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quarta-feira, 24 de agosto de 2011

DESAFIO POETICO - POR XICO BIZERRA.

Em Blog local em que escrevo lancei um desafio poético que consistia em glosar o mote a seguir, de minha autoria, sem a utilização da letra “A”. Dei como exemplo a minha própria glosa e os Poetas ‘deitaram e rolaram’.

É UM NÓ DENTRO DO PEITO
SEM TER REMÉDIO QUE CURE

Pela boa receptividade, relanço o desafio aos blogueiros do Sanharol:

sorrio no meio do mundo
pelo que tenho no ninho
durmo com lençol de linho
um sono bom e profundo
moro em terreno fecundo
gente ruim, nem me procure
esqueço quem me censure
tenho, porém, um defeito
É UM NÓ DENTRO DO PEITO
SEM TER REMÉDIO QUE CURE.


13 comentários:

  1. Prezado Xico Bizerra.

    Um bom desafio. Esperemos a reação dos poetas do Blog. Obrigado por mais uma bela postagem.

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  2. MOTE DE XICO BEZERRA
    Sávio Pinheiro


    Vivo preso no presente,
    Pressinto enorme sofrer,
    Porém quero te dizer
    O que penso, livremente.
    O doer é deprimente
    E peço que me segure.
    Desejo que o bem perdure,
    Mesmo sofrendo no leito:
    É UM NÓ DENTRO DO PEITO
    SEM TER REMÉDIO QUE CURE.

    Xico Bezerro eu escrevo
    Num feminino invertido,
    Muito bem comprometido
    Com o mote que descrevo.
    No conjunto, eu toco frevo
    Mesmo que o piston se fure.
    Porém, não quero que ature
    Seu nome tendo um defeito:
    É UM NÓ DENTRO DO PEITO
    SEM TER REMÉDIO QUE CURE.


    Fim.

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  3. Essa foi uma tentativa de desenvolver o mote do Xico Bizerra, sem a presença da vogal " A ". É um tanto difícil mas o autor do mote merece.

    É UM NÓ DENTRO DO PEITO
    SEM TER REMÉDIO QUE CURE.

    Tem dor que fere o elemento
    Como expor o seu segredo,
    Lhe envolvendo num enredo
    Destruindo um sentimento.
    O Ódio ou o fingimento
    Do sujeito que procure.
    Torcendo que ele perdure
    Indo de encontro o direito,
    É UM NÓ DENTRO DO PEITO
    SEM TER REMÉDIO QUE CURE.

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  4. É...

    Xico:

    Você quer nos ver tremer
    Com mote um tanto reimoso
    Com isto fico é fogoso
    E nem vou me esconder
    Só um versinho escrever
    Peço ninguém me segure
    Desejo só que misture
    Sem fugir do seu conceito
    É UM NÓ DENTRO DO PEITO
    SEM TER REMÉDIO QUE CURE.

    Vicente Almeida

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  5. XICO BIZERRA, SE ESSA MODA PEGAR 99% DOS POETAS CORDELISTAS VÃO DESISTIR DE ESCREVER. E OS COMPOSITORES DE DAS BANDAS DE FORRÓ VÃO COMER FOGO...COMEÇANDO PELO MAIS FAMOSO DE TODOS: DORGIVAL DANTAS.
    RIMAS EM "AR" É A SALVAÇÃO DESSE POVO...
    EXEMPLO: VAMOS SIMBORA PRÓ BAR... BEBER...CAIR...LEVANTAR...

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  6. Que cure Sem ter remédio
    Dói mesmo dentro do peito
    E é seguindo desse jeito
    Que nem penso em ter tédio
    Melhor construir um prédio
    Do que ver quem me emuldure
    Nem me solte nem segure
    O que eu sinto me tem feito
    É um nó dentro do peito
    Sem ter remédio que cure

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  7. Semeio pelos meus versos
    Um sentimento perfeito
    Um céu que cresce sem jeito
    Segredos, sonhos dispersos
    Luzes de mil universos
    Sem ter como me segure
    Nem suspiro que misture
    Um choro que foi desfeito
    É UM NÓ DENTRO DO PEITO
    SEM TER REMÉDIO QUE CURE.

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  8. Resta apenas Xico Bizerra descobrir qual foi o poeta que
    colocou a vogal" A " na sua décima.

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  9. Eita bichinha fuxiqueira só essa menina do Chico.
    Eu falei num comentário anterior que o mote era um TANTO difícil.
    Porque?
    Porque o poeta faz o verso quase de improviso, mantendo o cuidado na rima e na métrica, no seu intusiasmo ele não dá importância a detalhes que não vão engrandecer o seu trabalho em nada.
    Já estou arrependido de ter observado aquele detalhe.
    Peço perdão ao poeta, pelo meu fuCHICO. Espero que aquele povo das bandas lá de nós, também se manifeste, pois eu sei que o poeta perdoa

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  10. Eu observei que na segunda decima do Dr. Savio podemos vê a palavra "ature", portanto um arzinho bem escondido.
    Abraços.

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  11. É...

    Ôôô povinho chato esse de Várzea Alegre.

    Num deixa passar um arzinho sequer.

    É pra morre sufocado é?

    Pois vamos consertar!

    Xico:

    Você quer nos ver tremer
    Com mote em tempo reimoso
    Com isto fico é fogoso
    E nem vou me esconder
    Só um versinho escrever
    Peço ninguém me segure
    Desejo só que misture
    Sem fugir do seu conceito
    É UM NÓ DENTRO DO PEITO
    SEM TER REMÉDIO QUE CURE.

    E num vô escrevê meu nome aqui mode vocês num saberem qui fui eu!

    Vajealegrenses... tisc tisc!

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  12. esse povo da 'varjalegre' é muito sabido, eu já sabia. besta sou eu que fui desafiá-los. parabéns a todos pelas pérolas mostradas ao povo. XICO BIZERRA

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  13. Meus Amigos,

    Uma paciente com falta de "ar" vai ao médico e ele a prescreve AbAcAtAdA. Com certeza, essa palavra não daria pra compor a poesia do Xico Bizerra.

    Correção:

    Xico Bezerro eu escrevo
    Num feminino invertido,
    Muito bem comprometido
    Com o mote que descrevo.
    No conjunto, eu toco frevo
    Mesmo que o piston se fure.
    Porém, quero que procure
    Seu nome sem um defeito:
    É UM NÓ DENTRO DO PEITO
    SEM TER REMÉDIO QUE CURE.

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