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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


terça-feira, 30 de agosto de 2011

496 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.


Por Giovane Costa.

Em 1984, eu morava no Sanharol, recém chegado da Bahia e havia por aqui um surto de roubo de galinha. Era o assunto do povo. Ontem roubaram tantas galinhas em tal casa, levaram até o galo.

Em nossa casa tinha uma espingarda de cartucho, calibre 28. Meu irmão carregava uns cartuchos até a boca que era para caçar veado. Preocupado com a situação uma noite eu resolvi me precaver e pensei comigo. Se este ladrão vier pra cá hoje ele se atrapalha.

Fui dormir na cozinha, sem dizer nada a ninguém, botei a arma e bornal com os cartuchos debaixo da rede. Deixei uma cadeira encostado na porta que era para subir e alcançar a brecha da porta de cima para atirar.

Pois bem, quando foi altas horas, eu acordei com um grito de galinha quando é presa: qué qué quèllllllll!

Aí eu resolvi agir: peguei a espingarda, subi na cadeira e mirei num vulto que tinha debaixo do poleiro. Nem pensei. Beiiiiiiiiii! Um tiro que destabocou no oco do mundo!

Minha mãe e meu pai chegaram rapidinho na cozinha querendo saber o que tinha acontecido. Mas eu estava sem fala, porque o vulto havia desaparecido.

Passei resto da noite planejando uma fuga. Quando o dia foi clareando eu criei coragem para olhar se tinha algum cadáver debaixo daquela cajarana.

Mas não tinha nada. Minha mãe levantou-se alegre, cantando, mas quando abriu da porta da cozinha correu o olho no terreiro e foi logo esbravejando: Quem foi o diabo que quebrou minha cuscuzeira que eu botei na cabeça daquela estaca?



11 comentários:

  1. Geovane.

    Conta esta historia direito. Tu quebrou a cuscuzeira foi com raiva dos feijão com pão. Boas festas.

    Abraço .

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  2. Zé Maguin.

    Envia a historia da galinha caipira pelo email-moraisenair@hotmail.com

    Abraços.

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  3. Zé Maguin,
    Me dê mais algum detalhe desta hitória, porque eu não estou lembrado.Abraços!

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  4. Morais,
    Um bom fim de festa prá você e boas rodadas para os netos.

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  5. Meu pai também eera atirador, uma ves um teiú atrás dos pintos no terreiro, pai pegou uma espingarda, deu um tiro e minha mãe protestou: eu sabia que ia errar, tu não sabe atirar porque não chamou Manezinho? Aí Antõe Leandro respondeu: Avai Carmelita, e se pega ele não tinha se lascado?

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  6. GEOVANE,suas prosas são ótimas,seria bom ao menos TRÊS VEZES POR SEMANA!

    abraços!

    Edenia

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  7. Geovane:nesse dia não teve feijão com pão, rsrsrs. Abraço.

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  8. Edênia, Ênio, Fátima e alguns que me envia emnsagens de elogioe incentivo por emaile orkut eu só tenho que agradecer e dizser que adoro todos vocês.
    Abraços!

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  9. Agora, me diga uma coisa, Morais?!
    E ó ladrão de galinha, voltou a aparecer?
    Garanto que não! 🤣🤣

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