Quando os escritores falam sobre um tempo sem misericórdia, uma era de indiferença vivida pelo homem, são taxados até de profissionais do pessimismo.
Mas o que dizer sobre essa tragédia claramente anunciada de Brumadinho, que mais parece o enredo de uma obra do cinema catástrofe?
Isso nada mais é do que a falta de sensibilidade pelo sofrimento alheio.
Antes, na nossa ignorância, se tinha medo de bestas humanas e assombrações do outro mundo.
Agora, o medo é gerado pela indiferença do ser humano e pela falta de compaixão pelo outro.
E essa apatia dos responsáveis pelo desastre, em admitir que já existiam meios modernos que dispensam barragens criminosas.
Quanta lama, em variados sentidos, ainda vai rolar, para tristeza desse país.
O sociólogo polonês , Zygmunt Bauman, em sua obra “Cegueira Moral”, conclui que o maior temor do ser humano é pelo seu semelhante.
Brumadinho prova isso!
Insensível, desumano e indiferente. A Globo mostrou-se mais preocupada com o dedo de Newmar do que com o clamor das vitimas e dos familiares.
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