Escrevo
 esta coluna na terça-feira de carnaval. Para a Igreja Católica, festa 
móvel da Sagrada Face de Jesus. Que todos tenhamos a graça de um dia 
contemplar a face de Nosso Senhor Jesus Cristo. A data, 25/02, remete às
 comemorações da ordenação sacerdotal do Pe. Sadoc – Francisco Sadoc de 
Araújo, primo de meu avô materno, Francisco Assis Araújo; recordo uma, 
em especial. Era sábado de carnaval, há 14 anos, e muitos amigos e 
admiradores seus lotávamos a Igreja da Ressurreição para celebrar o 
Jubileu de Ouro Sacerdotal do Mons. Sadoc. A celebração foi presidida 
pelo então bispo da Diocese de Sobral, Dom Antonio Fernando Saburido. O 
homenageado recebeu saudação do Pe. José Linhares Ponte.
  
 Na ocasião, o então reitor da Universidade que o Pe. Sadoc fundou, a 
Universidade Estadual Vale do Acaraú, Prof. José Teodoro Soares fez a 
entrega da Medalha do Mérito Educacional da UVA ao fundador e primeiro 
reitor. Sadoc de Araújo foi ordenado sacerdote, em 25 de fevereiro de 
1956, na Basílica de São Paulo Extramuros, na Cidade Eterna, Roma, longe
 da família, dos amigos, da sua Pátria, do seu Bispo, Dom José Tupinambá
 da Frota. Dia seguinte, na mais antiga das igrejas católicas do mundo, a
 Basílica de São João de Latrão, “cantava” sua “missa nova”. Em junho de
 1956, o Padre Sadoc defendeu a dissertação de Mestrado “A ciência 
criadora”, interpretação do pensamento de Santo Tomás de Aquino.
   
 O sacerdote retornou à sua Pátria, agregou o magistério, a gestão do 
Seminário Diocesano de Sobral, a direção do jornal “Correio da Semana”, 
tantas e tantas atividades que o fizeram fundar a Universidade Estadual 
Vale do Acaraú e, aposentado da docência, passou um tempo em Olinda, 
onde dirigiu o Instituto de Filosofia e Teologia da Arquidiocese de 
Olinda e Recife; foi Capelão e Pároco do arquipélago de Fernando de 
Noronha; postulou a fase Diocesana da Causa de Beatificação do 
conterrâneo Pe. Ibiapina, na Paraíba, Diocese de Guarabira. Regressando a
 Sobral, fundou e dirigiu o Centro de Evangelização Padre Ibiapina – 
CEPI, inaugurado em 1995 e, também, a Igreja do Cristo Ressuscitado – a 
Paróquia da Ressurreição.
    
 Pesquisador incansável, Mons. Sadoc escreveu quase duas dezenas de 
livros sobre Sobral, o clero e sua região, ingressando na Academia 
Cearense de Letras, no Instituto do Ceará, na Academia Sobralense de 
Estudos e Letras, na Academia Brasileira de Hagiologia, entre outras.
     
 Neste dia 25 de fevereiro de 2020, desde cedo lembrei da efeméride, 
fazendo publicação em rede social alusiva à data. No silêncio em que se 
encontra, imaginei que não haveria celebração. Passava de meio-dia 
quando recebi uma mensagem do Pe. João Batista Aragão de Oliveira Filho,
 o Joãozinho, seu afilhado, discípulo e amigo. Pe. Joãozinho, que tantas
 vezes fora acólito do Pe. Sadoc de Araújo, autorizado por nosso Bispo, 
Dom Vasconcelos, celebrou a Santa Missa em Ação de Graças pelo 
sacerdócio do Pe. Sadoc, no apartamento em que o Monsenhor se acha 
hospitalizado, na Santa Casa de Sobral, ministrando-lhe os sacramentos 
da Santa Madre Igreja. As lágrimas correram na face e lembranças 
bíblicas vieram à mente: “... o tempo da colheita chegou” e “Tu és 
Sacerdote para sempre – sacerdos in aeternum –, segundo a ordem de 
Melquisedec”.
  (*) José Luís Lira
 é advogado e professor do curso de Direito da Universidade Vale do 
Acaraú–UVA, de Sobral (CE). Doutor em Direito e Mestre em Direito 
Constitucional pela Universidade Nacional de Lomas de Zamora (Argentina)
 e Pós-Doutor em Direito pela Universidade de Messina (Itália). É 
Jornalista profissional. Historiador e memorialista com mais de vinte 
livros publicados. Pertence a diversas entidades científicas e culturais
 brasileiras.


 
A igreja católica precisa se inspirar nos religiosos antigos e voltar a seguir os seus exemplos doutrinários. O Brasil que já teve 95% de sua população Católica Apostólica Romano a cada dia perde mais seguidores. Não vemos nenhum sinal de mudança, está entregue. Quem viu o que fez a Mangueira no Rio de Janeiro admira-se mais pelo silêncio da igreja católica do que com o próprio escândalo e falta de respeito mostrado.
ResponderExcluirEste ano no carnaval, o Rio de Janeiro se superou, a Escola de Samba Mangueira homenageou todo tipo de gente - traficantes, bicheiros, presidiários, comunistas, corruptos, e, pasmem, até Satanás foi condecorado na avenida. Por fim, zombou e debochou de Deus.
ResponderExcluirCada um, e todos no conjunto, terão pesadas contas a prestar no julgamento final.Com Deus não se brinca!
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