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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


domingo, 2 de dezembro de 2018

DESDE CRIANCINHA - Por Wilton Bezerra, comentarista esportivo.

Me chamaram a atenção as imagens captadas pela TV e nas mídias sociais durante as fases mais agudas de Fortaleza e Ceará no campeonato brasileiro, com crianças se derretendo em lágrimas de amor e alegria pelos seus times.

Imagens que nos levam a refletir e tentar entender essa comoção observada desde as primeiras idades em torno de um time de futebol.

Confesso a minha dificuldade, de uma forma geral, em compreender essa paixão.

Como disse o poeta Carpinejar: o ser humano ri de nervoso e chora de alegria. Demonstra, estranhamente, o que sente, pelo contrário.

Me parece uma coisa inexplicável, como pessoas fiquem torcendo, sofrendo e gritando por um time de futebol.

Dizem que por indução dos adultos, mais precisamente os pais, a criança faz a escolha do time por quem vai torcer pelo resto da vida.

Conheço muitos casos em que a coisa não é bem assim. Um time vitorioso e consagrado, como o Santos de Pelé, por exemplo. teria uma força sedutora para a garotada torcer, na sua opção?
Tudo indica quem sim. Ou seria o apêlo estético de suas camisas ?

Só tenho certeza de uma coisa: o futebol é a única de nossas paixões juvenis que persiste no adulto.

Um comentário:

  1. Prezado Wilton Bezerra - Sou torcedor do Santos. Tenho razões de sobra para isso. Quando o meu neto nasceu eu peguei o terno branco e lhe fiz presente. Fiquei observando. Nunca vestiu, nunca usou. Bastou o danado fazer 5 anos e ver uma camisa do Flamengo numa vitrine que obrigou a mãe comprar.

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