Me chamaram a atenção as imagens captadas pela TV e nas mídias sociais durante as fases mais agudas de Fortaleza e Ceará no campeonato brasileiro, com crianças se derretendo em lágrimas de amor e alegria pelos seus times.
Imagens que nos levam a refletir e tentar entender essa comoção observada desde as primeiras idades em torno de um time de futebol.
Confesso a minha dificuldade, de uma forma geral, em compreender essa paixão.
Como disse o poeta Carpinejar: o ser humano ri de nervoso e chora de alegria. Demonstra, estranhamente, o que sente, pelo contrário.
Me parece uma coisa inexplicável, como pessoas fiquem torcendo, sofrendo e gritando por um time de futebol.
Dizem que por indução dos adultos, mais precisamente os pais, a criança faz a escolha do time por quem vai torcer pelo resto da vida.
Conheço muitos casos em que a coisa não é bem assim. Um time vitorioso e consagrado, como o Santos de Pelé, por exemplo. teria uma força sedutora para a garotada torcer, na sua opção?
Tudo indica quem sim. Ou seria o apêlo estético de suas camisas ?
Só tenho certeza de uma coisa: o futebol é a única de nossas paixões juvenis que persiste no adulto.
Prezado Wilton Bezerra - Sou torcedor do Santos. Tenho razões de sobra para isso. Quando o meu neto nasceu eu peguei o terno branco e lhe fiz presente. Fiquei observando. Nunca vestiu, nunca usou. Bastou o danado fazer 5 anos e ver uma camisa do Flamengo numa vitrine que obrigou a mãe comprar.
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