O
falecido general Olympio Mourão Filho não era apenas um homem
inteligente e visionário. Era um profeta! Pensando nele, me vêm agora à
lembrança dois provérbios: “O tempo é mesmo o Senhor da razão” (como diz
a Bíblia) e “Nada como um dia atrás do outro”, como diziam nossos
avós...
Esta
semana, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, fez um pronunciamento no
Senado da República, mostrando que a solidão do cárcere (e veja que Lula
já recebeu mais de 500 visitas, desde que foi preso em abril pela
Polícia Federal); os achaques da idade e o ostracismo a que foi legado,
poderão leva-lo à depressão e até à morte.
E
fiquei a imaginar quanta bajulação foi feita em torno da pessoa do
ex-presidente Lula! Basta lembrar de que, na sua última passagem por
Crato, a Universidade Regional do Cariri–URCA entregou a Lula o título
de “Doutor Honoris Causa”, debaixo de muitos e relevantes protestos, de
pessoas que viam naquele “puxa-saquismo” exagerado e insincero, uma
afronta aos que já tinham sido distinguidos com o mesmo título. Naquela
ocasião li, na Internet, um manifesto do Movimento Conservador do Cariri, contrário à concessão do título, o qual dizia a certa altura:
“A
expressão latina doutor honoris causa, traduzida “por uma questão de
honra” representa uma condecoração acadêmica destinada a alguém de
notório valor público, cuja instituição dispensou os requisitos
essenciais para tal reconhecimento usual: matrícula, estudo e aprovação
nos exames vinculados. A palavra honra por sua vez, denota vários
significados, todos eles unânimes em sua apreciação e aceitação:
elevados valores morais e intelectuais. Algo condicionado a alguém
virtuoso”.
Tudo isso me fez lembrar, naquela ocasião, o livro “A verdade de um Revolucionário”, publicado em 1978, de autoria do general Olympio Mourão Filho, que escreveu: "Ponha-se
na Presidência da República qualquer medíocre, louco ou semianalfabeto,
e vinte e quatro horas depois a horda de aduladores estará à sua volta,
brandindo o elogio como arma, convencendo-o de que é um gênio político e
um grande homem, e de que tudo o que faz está certo. Em pouco tempo
transforma-se um ignorante em um sábio, um louco em um gênio
equilibrado, um primário em um estadista. E um homem nessa posição,
empunhando as rédeas de um poder praticamente sem limites, embriagado
pela bajulação, transforma-se num monstro perigoso".
Daí
porque entendemos – e lamentamos – o ostracismo a que foi relegado
uma pessoa, a qual, num passado próximo, recebeu todas as mesuras e
homenagens imerecidas de uma nação como que anestesiada e só, anos
depois, despertada de um sono pleno de pesadelos.
Hoje, estamos vendo a volta de alguns militares ao comando e, por convocação do povo.
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