No tempo em que ainda não existia banco no Ceará, um sertanejo abastado recebeu do vigário do município onde morava uma vultosa quantia para que ela fosse guardada, até a próxima necessidade. Comprovação daquele deposito, a palavra do Coronel.
Acontece que pouco tempo depois o homem faleceu de "morte súbita"; Ele não havia contado para ninguém os termos do negocio e quando o vigário tentou reaver a quantia, que segundo ele o morto devia a paroquia, os familiares exigiram a comprovação do débito. Como o pároco não tinha, ficou o cobrado pelo não pago.
No entanto, como a história veio a publico e o patrimônio do falecido não tinha acrescido, acreditou-se logo que ele tinha enterrado a fortuna. Aí, começou a corrida do ouro em busca da botija.
Quando o dia amanhecia, o sitio estava todo cavoucado nas áreas que pareciam estratégicas para se enterrar um pote.
Como o falecido tinha muitos filhos, estranhou-se porque de uma hora para outra, um deles revolveu viajar para terras distantes e nunca mais voltar.
Os seus parentes e amigos que ficaram para trás, logo desconfiaram que ele tinha arrancado a botija e não falou para ninguém. Muitos não acreditaram na esperteza do rapaz e passado mais de um século ainda tem gente que procura ficar rico encontrando o dinheiro que julgam ter sido enterrado naquele lugar, hoje um arruado que tem o nome de Botija.
Tudo leva a crê que o padre dançou.
ResponderExcluir