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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Vocês pensam que só em Rajalegre tem festa boa? - Por Claude Bloc

FESTA NA FAZENDA SERRA VERDE EMBALA LEMBRANÇAS DE TEMPOS IMEMORIAIS
Por Claude Bloc
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A coisa foi meio improvisada e talvez por isso tenha dado certo. Desde os tempos imemoriais da Serra Verde, nada do gênero havia sido feito para ter tanta semelhança com as festas de Seu Hubert.
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Naqueles tempos áureos de algodão e rapadura em abundância, era costume se fazer "sambas" na casa grande que era carinhosamente chamada de França Livre (denominação concebida por papai).  Manuel Dantas o "fiel escudeiro", fiscal da Fazenda, preparava as festas dando um novo colorido aos dias de férias que passávamos por ali.

Moagens à parte, a animação era grande. No terreiro da frente o chão era preparado para receber os dançarinos da noite: chão batido, molhado para evitar a poeira excessiva, latada de lona ou palha de coqueiro abrigando os bancos dos tocadores e em cada canto um cacho de riso para enfeitar a noite festiva.
À noite as estrelas disputavam o espetáculo e a lua brechava lá de cima, a alegria espalhada em cada rosto. Era realmente o auge dos auges. Um alegria que banhava a gente de felicidade.
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Muitos anos se passaram desde então. Seu Hubert e Dona Janine foram passear em outras esferas. Seu Manuel Dantas e Dona Hermínia também foram se encontrar com eles lá em cima, mas, mesmo assim, deixaram plantado nos corações de seus descendentes um grande amor à Serra Verde e uma harmoniosa amizade entre todos.
Nesta feita, os Blocs Boris que estavam no Cariri resolveram se encontrar na fazenda com os Dantas. Filhos netos, sobrinhos, foram arrebanhados para animar o momento de festa. Levamos, em panelas, uma jantar sertanejo, bebidas ao gosto do freguês e muita garra e alegria para soltar pela casa relembrando os tempos de nossos pais.
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A energia tomou posse de nossos passos. Luiz Dantas levou um sanfoneiro de Milagres (Seu Pedro) e toda a nossa força de reserva se fez valer. Manuel Dantas (filho) levou a brincadeira e a macaquice do pai. Dinha levou a emoção, a criatividade e a inteligência do Velho Mané... Foram anos de uma ausência total dessa convivência, dessa marca da amizade que ficou para sempre...
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Lula (proseando), Lorena e Alessandra (sentadas), Luis Neto (na janela) vieram de Fortaleza para conhecer o calor verdadeiro de uma amizade sincera. Na foto, dois Dantas por parte de Maria entraram no roda de causos. (Pitchuca e Junim).
O sanfoneiro Pedro, e seus contrapesos: o zabumbeiro bonequeiro e exigente e o rapaz do triângulo que substituia o sanfoneiro na hora do famoso mote: 
"o tocador quer beber!"
Na hora da dança, os Dantas estavam sempre na pista.
Na hora da brincadeira todos estavam nela (até o rapaz do cofrinho - risos)
Othon, Melo, Bloc, Dantas? Que diferença faz na hora da brincadeira?
Num momento de pausa, as amigas Dinha de Mané Danta, Claude de seu Hubert, e Iza de seu Valdimiro se abraçam e sorriem para o tempo:
o de hoje e o de ontem - unidos nesta festa.
Dinha e Luiz cantam as músicas de tanto tempo atrás. A emoção nessa hora é lágrima de alegria e saudade.
François Bloc sai do limbo da timidez e dança com Regina Bloc
Lula e Alessandra se encantam com a alegria e a simplicidade dessa gente.
Silvanira, Claude e Adriana tomam posse dos instrumentos.
Vocês já viram Bertrand dançando? Eu também não - mas ó aí, ó!!!!!!



Claude (dá uma pausa) - e libera um dedo de prosa com Nina
Mas Mundinha e Toim têm gás pra noite inteira...


Pensam que a festa acabou aí? Depois tem mais!!!
(Para uma melhor visualização, clique nas fotos para vê-las em tamanho maior)
Claude Bloc

16 comentários:

  1. Claude querida, eu estava com muitas saudades suas; e você danadinha! que surpresa maravilhosa! que festa animada; gente muito linda!tudo perfeito querida. Fico muito feliz com a felicidade de vocês; é muito gratificante o calor de uma verdadeira amizade. Que Deus mande seus anjos derramar graças sobre todos deste hospitalheiro lar. Abraço. Fatima Bezerra.

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  2. Eita Serra Verde animada. Você com esta safona me fez lembrar um jogo que fizemos na Serra Verde/São Paulino. A animação naquele dia ficou por conta de Chico Jucá tocando o Baiao da Saudade. O Juiz do jogo foi Mundoca, Assis e Vicente chefiavam a delegação, voce acha que existia chances do time adversario vencer?

    Abraços.

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  3. D. Claude,
    Sua crônica nos leva a um tempo que não volta mais.Aqueles sambas nos pés-de-serra!Muita saudade nos trás. Muito animada a festa d evocês. parabéns!

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  4. Eita! Que esse trío aí tá melhor do que a banda Zabumbando.
    Muito bom minha amiga. Tá a cara do sertão.
    Ei bichinha! Eu mandei os telefones que você pediu, não sei se bateu na trave, eu tenho três endereços seus e não sei qual é o que está atualizado.
    Abraço de serra para serra.
    Mundim quase daí.

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  5. Claude:
    Tenho a letra de um forrozinho,agora já sei quem vai musicar,com Música da Claude sei que vai ser o maior sucesso!!!!

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  6. Mag: os sons nos ajuda a balaçar o esqueleto,a animaçao vem da alma.
    É claro que o forró da Claude é bem melhor que o meu.
    Mag: quando vamos fazer outro FORRÓ.

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  7. É...

    Claude:

    Minha querida, não fui ao forró, mas gostei.

    Me faz lembrar do forró do Tio Augusto. Composição de Luiz Vieira, que era mais ou menos assim:

    Lá na casa do meu tio Augusto Nunes Pereira
    Velho pai de onze fio e neto de muntueira

    Quando me lembro da fiarada solteira
    Que completava uma orquestra inteira
    Tanguá dançava todo sábado e domingo
    Sob a batuta de Augusto Nunes Pereira

    Era Laura no bandolim
    Jurema no violão
    Juracy no clarinete
    Milton pandeiro na mão
    Didi no cavaquinho
    E de banjo o Euclides
    Tio Augusto nas colhé...

    Ai, meu Deus, como era bom

    E o restinho da fiarada todinha
    Ficava em casa com minha tia Filhinha
    Era Bequinho, Célia, Vanda e Janete
    E mais Laurinha e o fio caçulazinha

    Ai que beleza de família, minha gente
    Quanta alegria que saudade eu sinto agora
    Não é que eu queira falar bem dos meus parentes
    Mas pra fazer qualquer forró não tinha hora

    Era laura no bandolim
    Jurema no violão
    Juracy no clarinete
    Milton pandeiro na mão
    Didi no cavaquinho
    E de banjo o Euclides
    Tio Augusto nas colhé...

    Ai, meu Deus, como era bom

    Mas de repente todo mundo foi casando
    E a bandinha divagá foi se acabando
    Casô Didi, casô Jurema e foi casando
    Mais Juracy, Milton, Euclides e mais Laurinha

    E o restinho dos fio piquininho
    Foram crescendo, foram casando também
    Vieram os netinhos
    E da bandinha só ficando
    Essa lembrança tão gostosa que me vem

    Era Laura no bandolim
    Jurema no violão
    Juracy no clarinete
    Milton pandeiro na mão
    Didi no cavaquinho
    E de banjo o Euclides
    Tio Augusto nas colhé...

    Ai, meu Deus, como era bom

    Não sei se faltou alguma estrofe, mas é o que consigo lembrar quando você fala nos forrós da Serra Verde. Deve ser tão bom quanto era o forró do Tio Augusto em 1972. Ao te ver dedilhando a sanfona voltei no tempo.

    Vicente Almeida

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  8. Vixe, Maria!

    Vocês me deixaram sem ação e sem palavras.
    Realmente essa foi uma festa e tanto... Fazia mais de num sei quentos anos que a gente não conseguia reunir tanta gente amiga lá pela Serra Verde.

    Antes da festa ainda preparei um momento de fotos projetadas na parede... Com música e tudo... Era gente chorando de emoção pra todo lado...

    Foi realmente sem falhas esse encontro.

    A gente ficou feliz em se reencontrar e comemorar esse elo forte de amizade que há entre a gente: Bloc Boris e Dantas.

    Abraços

    Claude.

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  9. Morais,

    Esse time, impossível ganhar... Se passasse um golzinho sequer haja bala!!

    Cruz Credo!

    Abraço,

    Claude

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  10. Mundim,

    Acho que seu e-mail bateu na trave do time contra Mundoca e voltou na hora, pois não chegou nas minhas vistas...

    Meus e-mails todos funcionam conforme a boa vontade do dia, mas o melhor no momento é claude_bloc@hotmail.com
    Esse é o que menos bota boneco..

    Um abraço fulorado de fulor de riso.

    Claude - Flor da Serra Verde

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  11. Vixe, Luiz Lisboa, tu acha mesmo que eu tô com essa bola toda para compor uma música? Oxente, sou uma mera matuta da Serra Verde... (risos)

    Aquelas três ali tocando foi só pra fazer fita... Saiu mesmo foi uma macarronada de pé-de-serra...

    Abraço,

    Claude

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  12. Magnólia,

    Se tu der corda em Luiz tu vai ser a rainha do baião... (risos)

    Abração

    Claude

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  13. Vicente,

    Na minha casa amarela, no quintal, tem uma placa que diz mesmo assim: "Praça dos Poetas"...

    Quando virás cantar essa música pra gente???

    Você canta e Valdenia toca pandeiro, Dihelson toca teclado e eu arranho no violão... (gostou da formação de artistas????

    Abraço,

    Claude

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  14. Giovane,

    Tu num sabe como essa festa deixou saudade... !!! Realmente fazia tempo que não havia uma festa dessas na Serra Verde... O pessoal não sabe mais o que é realmente bom... !!!

    ABRAÇO,

    Claude

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  15. Fátima

    Tudo passa, as amizades sinceras e verdadeiras ficam.

    Abraço,

    Claude

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  16. NÃO TEMOS COMO VOLTAR NO TEMPO
    NÃO TEM TEMPO QUE NOS FAZ VOLTAR
    MAS RECORDAR É PRECISO
    É PRECISO RECORDAR
    REUNIR OS BLOCS E DANTAS
    CERTEZA DE MUITA ALEGRIA
    MUITA COMIDA E FESTANÇA
    DE NOITE INTÉ O OUTRO DIA
    MINHA IRMÃ FALA DO MEU COFRINHO
    SEM SABER O QUE DIZER
    QUEM BEBEU TODAS DE UM SÓ GOLINHO
    FOI EU ATÉ O DIA AMANHECER


    JACQUES BLOC BORIS
    ARTISTA PLÁSTICO

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