FESTA NA FAZENDA SERRA VERDE EMBALA LEMBRANÇAS DE TEMPOS IMEMORIAIS
Por Claude Bloc
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A coisa foi meio improvisada e talvez por isso tenha dado certo. Desde os tempos imemoriais da Serra Verde, nada do gênero havia sido feito para ter tanta semelhança com as festas de Seu Hubert.
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Naqueles tempos áureos de algodão e rapadura em abundância, era costume se fazer "sambas" na casa grande que era carinhosamente chamada de França Livre (denominação concebida por papai). Manuel Dantas o "fiel escudeiro", fiscal da Fazenda, preparava as festas dando um novo colorido aos dias de férias que passávamos por ali.
Moagens à parte, a animação era grande. No terreiro da frente o chão era preparado para receber os dançarinos da noite: chão batido, molhado para evitar a poeira excessiva, latada de lona ou palha de coqueiro abrigando os bancos dos tocadores e em cada canto um cacho de riso para enfeitar a noite festiva.
À noite as estrelas disputavam o espetáculo e a lua brechava lá de cima, a alegria espalhada em cada rosto. Era realmente o auge dos auges. Um alegria que banhava a gente de felicidade.
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Muitos anos se passaram desde então. Seu Hubert e Dona Janine foram passear em outras esferas. Seu Manuel Dantas e Dona Hermínia também foram se encontrar com eles lá em cima, mas, mesmo assim, deixaram plantado nos corações de seus descendentes um grande amor à Serra Verde e uma harmoniosa amizade entre todos.
Nesta feita, os Blocs Boris que estavam no Cariri resolveram se encontrar na fazenda com os Dantas. Filhos netos, sobrinhos, foram arrebanhados para animar o momento de festa. Levamos, em panelas, uma jantar sertanejo, bebidas ao gosto do freguês e muita garra e alegria para soltar pela casa relembrando os tempos de nossos pais.
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A energia tomou posse de nossos passos. Luiz Dantas levou um sanfoneiro de Milagres (Seu Pedro) e toda a nossa força de reserva se fez valer. Manuel Dantas (filho) levou a brincadeira e a macaquice do pai. Dinha levou a emoção, a criatividade e a inteligência do Velho Mané... Foram anos de uma ausência total dessa convivência, dessa marca da amizade que ficou para sempre...
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O sanfoneiro Pedro, e seus contrapesos: o zabumbeiro bonequeiro e exigente e o rapaz do triângulo que substituia o sanfoneiro na hora do famoso mote: "o tocador quer beber!" |
Na hora da dança, os Dantas estavam sempre na pista. Na hora da brincadeira todos estavam nela (até o rapaz do cofrinho - risos) |
Othon, Melo, Bloc, Dantas? Que diferença faz na hora da brincadeira? |
Num momento de pausa, as amigas Dinha de Mané Danta, Claude de seu Hubert, e Iza de seu Valdimiro se abraçam e sorriem para o tempo: o de hoje e o de ontem - unidos nesta festa. |
Dinha e Luiz cantam as músicas de tanto tempo atrás. A emoção nessa hora é lágrima de alegria e saudade. |
François Bloc sai do limbo da timidez e dança com Regina Bloc |
Lula e Alessandra se encantam com a alegria e a simplicidade dessa gente. |
Silvanira, Claude e Adriana tomam posse dos instrumentos. |
Vocês já viram Bertrand dançando? Eu também não - mas ó aí, ó!!!!!! |
Claude (dá uma pausa) - e libera um dedo de prosa com Nina |
Mas Mundinha e Toim têm gás pra noite inteira... |
Pensam que a festa acabou aí? Depois tem mais!!!
(Para uma melhor visualização, clique nas fotos para vê-las em tamanho maior)
Claude Bloc
Claude querida, eu estava com muitas saudades suas; e você danadinha! que surpresa maravilhosa! que festa animada; gente muito linda!tudo perfeito querida. Fico muito feliz com a felicidade de vocês; é muito gratificante o calor de uma verdadeira amizade. Que Deus mande seus anjos derramar graças sobre todos deste hospitalheiro lar. Abraço. Fatima Bezerra.
ResponderExcluirEita Serra Verde animada. Você com esta safona me fez lembrar um jogo que fizemos na Serra Verde/São Paulino. A animação naquele dia ficou por conta de Chico Jucá tocando o Baiao da Saudade. O Juiz do jogo foi Mundoca, Assis e Vicente chefiavam a delegação, voce acha que existia chances do time adversario vencer?
ResponderExcluirAbraços.
D. Claude,
ResponderExcluirSua crônica nos leva a um tempo que não volta mais.Aqueles sambas nos pés-de-serra!Muita saudade nos trás. Muito animada a festa d evocês. parabéns!
Eita! Que esse trío aí tá melhor do que a banda Zabumbando.
ResponderExcluirMuito bom minha amiga. Tá a cara do sertão.
Ei bichinha! Eu mandei os telefones que você pediu, não sei se bateu na trave, eu tenho três endereços seus e não sei qual é o que está atualizado.
Abraço de serra para serra.
Mundim quase daí.
Claude:
ResponderExcluirTenho a letra de um forrozinho,agora já sei quem vai musicar,com Música da Claude sei que vai ser o maior sucesso!!!!
Mag: os sons nos ajuda a balaçar o esqueleto,a animaçao vem da alma.
ResponderExcluirÉ claro que o forró da Claude é bem melhor que o meu.
Mag: quando vamos fazer outro FORRÓ.
É...
ResponderExcluirClaude:
Minha querida, não fui ao forró, mas gostei.
Me faz lembrar do forró do Tio Augusto. Composição de Luiz Vieira, que era mais ou menos assim:
Lá na casa do meu tio Augusto Nunes Pereira
Velho pai de onze fio e neto de muntueira
Quando me lembro da fiarada solteira
Que completava uma orquestra inteira
Tanguá dançava todo sábado e domingo
Sob a batuta de Augusto Nunes Pereira
Era Laura no bandolim
Jurema no violão
Juracy no clarinete
Milton pandeiro na mão
Didi no cavaquinho
E de banjo o Euclides
Tio Augusto nas colhé...
Ai, meu Deus, como era bom
E o restinho da fiarada todinha
Ficava em casa com minha tia Filhinha
Era Bequinho, Célia, Vanda e Janete
E mais Laurinha e o fio caçulazinha
Ai que beleza de família, minha gente
Quanta alegria que saudade eu sinto agora
Não é que eu queira falar bem dos meus parentes
Mas pra fazer qualquer forró não tinha hora
Era laura no bandolim
Jurema no violão
Juracy no clarinete
Milton pandeiro na mão
Didi no cavaquinho
E de banjo o Euclides
Tio Augusto nas colhé...
Ai, meu Deus, como era bom
Mas de repente todo mundo foi casando
E a bandinha divagá foi se acabando
Casô Didi, casô Jurema e foi casando
Mais Juracy, Milton, Euclides e mais Laurinha
E o restinho dos fio piquininho
Foram crescendo, foram casando também
Vieram os netinhos
E da bandinha só ficando
Essa lembrança tão gostosa que me vem
Era Laura no bandolim
Jurema no violão
Juracy no clarinete
Milton pandeiro na mão
Didi no cavaquinho
E de banjo o Euclides
Tio Augusto nas colhé...
Ai, meu Deus, como era bom
Não sei se faltou alguma estrofe, mas é o que consigo lembrar quando você fala nos forrós da Serra Verde. Deve ser tão bom quanto era o forró do Tio Augusto em 1972. Ao te ver dedilhando a sanfona voltei no tempo.
Vicente Almeida
Vixe, Maria!
ResponderExcluirVocês me deixaram sem ação e sem palavras.
Realmente essa foi uma festa e tanto... Fazia mais de num sei quentos anos que a gente não conseguia reunir tanta gente amiga lá pela Serra Verde.
Antes da festa ainda preparei um momento de fotos projetadas na parede... Com música e tudo... Era gente chorando de emoção pra todo lado...
Foi realmente sem falhas esse encontro.
A gente ficou feliz em se reencontrar e comemorar esse elo forte de amizade que há entre a gente: Bloc Boris e Dantas.
Abraços
Claude.
Morais,
ResponderExcluirEsse time, impossível ganhar... Se passasse um golzinho sequer haja bala!!
Cruz Credo!
Abraço,
Claude
Mundim,
ResponderExcluirAcho que seu e-mail bateu na trave do time contra Mundoca e voltou na hora, pois não chegou nas minhas vistas...
Meus e-mails todos funcionam conforme a boa vontade do dia, mas o melhor no momento é claude_bloc@hotmail.com
Esse é o que menos bota boneco..
Um abraço fulorado de fulor de riso.
Claude - Flor da Serra Verde
Vixe, Luiz Lisboa, tu acha mesmo que eu tô com essa bola toda para compor uma música? Oxente, sou uma mera matuta da Serra Verde... (risos)
ResponderExcluirAquelas três ali tocando foi só pra fazer fita... Saiu mesmo foi uma macarronada de pé-de-serra...
Abraço,
Claude
Magnólia,
ResponderExcluirSe tu der corda em Luiz tu vai ser a rainha do baião... (risos)
Abração
Claude
Vicente,
ResponderExcluirNa minha casa amarela, no quintal, tem uma placa que diz mesmo assim: "Praça dos Poetas"...
Quando virás cantar essa música pra gente???
Você canta e Valdenia toca pandeiro, Dihelson toca teclado e eu arranho no violão... (gostou da formação de artistas????
Abraço,
Claude
Giovane,
ResponderExcluirTu num sabe como essa festa deixou saudade... !!! Realmente fazia tempo que não havia uma festa dessas na Serra Verde... O pessoal não sabe mais o que é realmente bom... !!!
ABRAÇO,
Claude
Fátima
ResponderExcluirTudo passa, as amizades sinceras e verdadeiras ficam.
Abraço,
Claude
NÃO TEMOS COMO VOLTAR NO TEMPO
ResponderExcluirNÃO TEM TEMPO QUE NOS FAZ VOLTAR
MAS RECORDAR É PRECISO
É PRECISO RECORDAR
REUNIR OS BLOCS E DANTAS
CERTEZA DE MUITA ALEGRIA
MUITA COMIDA E FESTANÇA
DE NOITE INTÉ O OUTRO DIA
MINHA IRMÃ FALA DO MEU COFRINHO
SEM SABER O QUE DIZER
QUEM BEBEU TODAS DE UM SÓ GOLINHO
FOI EU ATÉ O DIA AMANHECER
JACQUES BLOC BORIS
ARTISTA PLÁSTICO