Dedico a Xico Bezerra
Modernizaram tanto esse sertão,
Que houve um bloqueio no meu pensamento:
Pois sem o claro do meu lampião
Não vejo a vida nem o firmamento.
A carga elétrica chegou triunfante
Trazendo as luzes, ao entardecer,
Tangendo a lua, a nossa eterna amante,
Pondo-me só, no meu anoitecer.
Chegou também, a água na torneira
Vindo a saúde, toda assim, jorrando
Aposentando a melhor maneira
De amar no mundo, fico relembrando:
Era a cacimba lá do meu roçado,
Que assistia todo o nosso amor;
Corpos unidos em tom avançado
E a lua olhando sem nenhum temor.
"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".
Dom Helder Câmara
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Que belo poema. Isso é que é cultura. Parabens Dr. Savio.
ResponderExcluirHomenagem a Sávio.
ResponderExcluirRegistrando o que escrevo
Gostando muito de ler
Passo horas envolvida
Meditando no que leio
Convivendo com a poesia
Esqueço até de quem veio
Tanta piada escolhida.
São pessoas que conhecem
A vida de gente sofrida
E relatam para nós
O que acham maravilha
Pois na estrada que passamos
Não só mora gente rica,
Tem toda espécie humana
Que dão valor à vida
Sr. Sávio,
ResponderExcluirobrigado pela dedicatória. Grande abraço de paz e luz, de rimas felizes.
Morais,
ResponderExcluirApesar do pouco tempo que disponho, vou tentar fazer uma postagem semanal, às sextas-feiras. O nome do espaço será Sexta de Textos. Obrigado pelo comentário.
Magnólia,
ResponderExcluirFiquei a pensar o que o Patativa e o Luiz Gonzaga ainda não haviam cantado no Nordeste. Imaginei uma coisa que existiu muito no sertão, inclusive do Chico: um namoro na borda da cacimba, entre um caminho dágua e outro. O Sexta de Textos agradece.
Fidera,
ResponderExcluirAgradeço os comentários elogiosos e o poema. O Morais quer tê-la conosco. Um grande abraço.
Xico,
ResponderExcluirFiquei feliz em saber que és um descendente de Papai Raimundo. O sertão agradece a tua poesia.