A primeira bandeira da República dos Estados Unidos do Brasil, imitação servil da bandeira dos EUA. A reação do povo foi tão grande que esta bandeira só durou 4 dias (de 16 a 19 de novembro de 1889)
Mas esta “ironia” republicana se arrastou nos seus 121 anos de história. Na escola, com certeza você aprendeu que Marechal Deodoro acordou um belo dia e resolveu “dar liberdade ao povo”, proclamando a República. Mas ninguém lhe contou que o ocorrido não foi uma proclamação e sim um golpe de Estado. Deodoro, era amigo do Imperador, tanto que nem teve a coragem de entregar-lhe a carta de deposição, e confessou anos mais tarde que ter instalado o sistema republicano foi um grande erro. Mas o erro de Deodoro foi repetido por diversas vezes.
Se perguntarem qual a característica mais marcante desses anos de República, poderíamos responder acertadamente que foi o período com maior número de golpes e contra-golpes da história do país. Nunca tantos Presidentes foram depostos por grupos políticos que não concordavam com sua linha de atuação. A marca de nossa história republicana foi a instabilidade, tanto política, quanto econômica. Começou com Deodoro, passou por Getúlio em 1930, outro golpe dele próprio em 1938 quando instaurou o Estado Novo, a sua deposição em 1945 e, por fim, o golpe militar em 1964 do qual ficamos 20 anos sob um regime ditatorial militar.
Aliás, está aí mais um ponto que aprendemos na escola: a de que a República implantada em 1889 nos trouxe liberdade e democracia. Pois, vale então recorrer à história novamente. Durante os quase 50 anos em que D. Pedro II esteve no poder, nenhum jornal foi censurado, nenhum jornalista foi preso ou torturado por escrever contra o governo e contra o Imperador. Ao assumir, uma das primeiras medidas de Deodoro foi estabelecer um órgão de censura aos veículos de comunicação, exercendo uma repressão ferrenha aos jornais e jornalistas que fossem contrários às medidas do governo.
Realmente, quando olho para trás e vejo tudo o que foi feito nesses 121 anos, desde aquele 15 de novembro, quando Deodoro resolveu derrubar a Monarquia e mudar o regime do país, sou obrigado a refletir quanto tempo perdemos com a mesquinharia de governantes que estavam mais preocupados com a manutenção do seu poder político do que com os interesses do país. Quantas oportunidades perdemos de nos transformar em um país de primeiro mundo, respeitado verdadeiramente no exterior, com uma população bem assistida pelo Estado, minimamente instruída e capaz de fazer esta mesma reflexão?
Mas, o que mais me preocupa é pensar no futuro e questionar quantos anos e oportunidades teremos que perder para repensarmos o caminho que estamos trilhando.
(*) Glauco de Souza Santos, é historiador e publicitário.
Novamente as emissoras de televisão irão fazer as mesmas pesquisas perguntando ao brasileiro comum das grandes cidades se ele sabe o que está se comemorando neste feriado de 15 de novembro. E, mais um ano seguido, teremos milhares de pessoas sem saber o motivo deste feriado. Mas, se antes eu criticava, agora dou total razão a estas pessoas.
Por que temos que lembrar e comemorar esta data? O que tanto temos a festejar no 15 de novembro, feriado em comemoração à “Proclamação da República”?
Acredito que os atuais dias da nossa prematura República não são os mais promissores e muito menos os mais admirados pelos brasileiros. Escândalos de corrupção assolam todos os níveis políticos e todos os três poderes da República brasileira. Novos velhos políticos, que antes andaram pela direita, hoje caminham de braços dados com pseudo-comunistas da disfarçada esquerda. Velhos apoiadores da ditadura militar defendem a irrestrita democracia e total liberdade de expressão, enquanto os perseguidos pelo regime totalitário, que colocaram em risco a própria vida em prol da liberdade individual, de imprensa e política são os primeiros a colocar “a liberdade de expressão como o maior problema do Brasil”. Quanta ironia!
Por que temos que lembrar e comemorar esta data? O que tanto temos a festejar no 15 de novembro, feriado em comemoração à “Proclamação da República”?
Acredito que os atuais dias da nossa prematura República não são os mais promissores e muito menos os mais admirados pelos brasileiros. Escândalos de corrupção assolam todos os níveis políticos e todos os três poderes da República brasileira. Novos velhos políticos, que antes andaram pela direita, hoje caminham de braços dados com pseudo-comunistas da disfarçada esquerda. Velhos apoiadores da ditadura militar defendem a irrestrita democracia e total liberdade de expressão, enquanto os perseguidos pelo regime totalitário, que colocaram em risco a própria vida em prol da liberdade individual, de imprensa e política são os primeiros a colocar “a liberdade de expressão como o maior problema do Brasil”. Quanta ironia!
Mas esta “ironia” republicana se arrastou nos seus 121 anos de história. Na escola, com certeza você aprendeu que Marechal Deodoro acordou um belo dia e resolveu “dar liberdade ao povo”, proclamando a República. Mas ninguém lhe contou que o ocorrido não foi uma proclamação e sim um golpe de Estado. Deodoro, era amigo do Imperador, tanto que nem teve a coragem de entregar-lhe a carta de deposição, e confessou anos mais tarde que ter instalado o sistema republicano foi um grande erro. Mas o erro de Deodoro foi repetido por diversas vezes.
Se perguntarem qual a característica mais marcante desses anos de República, poderíamos responder acertadamente que foi o período com maior número de golpes e contra-golpes da história do país. Nunca tantos Presidentes foram depostos por grupos políticos que não concordavam com sua linha de atuação. A marca de nossa história republicana foi a instabilidade, tanto política, quanto econômica. Começou com Deodoro, passou por Getúlio em 1930, outro golpe dele próprio em 1938 quando instaurou o Estado Novo, a sua deposição em 1945 e, por fim, o golpe militar em 1964 do qual ficamos 20 anos sob um regime ditatorial militar.
Aliás, está aí mais um ponto que aprendemos na escola: a de que a República implantada em 1889 nos trouxe liberdade e democracia. Pois, vale então recorrer à história novamente. Durante os quase 50 anos em que D. Pedro II esteve no poder, nenhum jornal foi censurado, nenhum jornalista foi preso ou torturado por escrever contra o governo e contra o Imperador. Ao assumir, uma das primeiras medidas de Deodoro foi estabelecer um órgão de censura aos veículos de comunicação, exercendo uma repressão ferrenha aos jornais e jornalistas que fossem contrários às medidas do governo.
Floriano Peixoto, nosso 2º presidente utilizou de práticas nada ortodoxas para “colocar na linha” os opositores de sua forma de governar. Esta repressão e censura seguiu por toda a história. Getúlio, que subiu no poder “nos braços do povo”, como gostava de dizer, foi o primeiro a decretar uma ditadura no país, fechar jornais, rádios, prender escritores, jornalistas, políticos e extirpar os partidos de oposição. E tudo se repetiu alguns anos mais tarde com o regime militar, onde sofremos o mais duro golpe à liberdade individual e ao direito de expressão. Foram os famosos “anos de chumbo”. O que mais me espanta é ver alguns dos maiores opositores da ditadura militar defendendo a criação de órgãos que regulamentam o trabalho da imprensa e colocando a liberdade de expressão como “problema” do Brasil. O que essas pessoas aprenderam com o passado? O que elas têm tanto a temer?
Realmente, quando olho para trás e vejo tudo o que foi feito nesses 121 anos, desde aquele 15 de novembro, quando Deodoro resolveu derrubar a Monarquia e mudar o regime do país, sou obrigado a refletir quanto tempo perdemos com a mesquinharia de governantes que estavam mais preocupados com a manutenção do seu poder político do que com os interesses do país. Quantas oportunidades perdemos de nos transformar em um país de primeiro mundo, respeitado verdadeiramente no exterior, com uma população bem assistida pelo Estado, minimamente instruída e capaz de fazer esta mesma reflexão?
Mas, o que mais me preocupa é pensar no futuro e questionar quantos anos e oportunidades teremos que perder para repensarmos o caminho que estamos trilhando.
(*) Glauco de Souza Santos, é historiador e publicitário.
O último Primeiro-Ministro do Brasil Império, o Visconde de Ouro Preto, deixou este depoimento:
ResponderExcluirO Império não foi a ruína. Foi a conservação e o progresso. Durante meio século manteve íntegro, tranquilo e unido território colossal. O império converteu um país atrasado e pouco populoso em grande e forte nacionalidade, primeira potência sul-americana, considerada e respeitada em todo o mundo civilizado. Aos esforços do Império, principalmente, devem três povos vizinhos deveram o desaparecimento do despotismo mais cruel e aviltante. O Império aboliu de fato a pena de morte, extinguiu a escravidão, deu ao Brasil glórias imorredouras, paz interna, ordem, segurança e, mas que tudo, liberdade individual como não houve jamais em país algum. Quais as faltas ou crimes de D. Pedro II, que em quase cinquenta anos de reinado nunca perseguiu ninguém, nunca se lembrou de uma ingratidão, nunca vingou uma injúria, pronto sempre a perdoar, esquecer e beneficiar? Quais os erros praticados que o tornou merecedor da deposição e exílio quando, velho e enfermo, mais devia contar com o respeito e a veneração de seus concidadãos? A República brasileira, como foi proclamada, é uma obra de iniquidade. A República se levantou sobre os broqueis da soldadesca amotinada, vem de uma origem criminosa, realizou-se por meio de um atentado sem precedentes na História e terá uma existência efêmera!
Prezado Armando.
ResponderExcluirQuando se dar uma olhada em volta do mundo se vê com muita facilidade que modelo de regime é mais integro, honrado, serio e respeitoso. Ocorre que os que antes eram contra a monarquia, hoje em dia, se pudessem, trnasformavam o seu idolo em rei e mudaria o regime. è tudo uma questão de poder.
Armando, voce posta um texto com uma visão muito eclética da nossa História, depois, faz um comentário ainda muito mais eclético. Como historiador, voce não pode esquecer, que uma sociedade se desenvolve e se constroi dentro de suas adiversidades sociais, culturais,política e econômica.O século XIX e XX, tiveram suas contradições, como tem este século que se inicia ainda.Dizer que o império deu tudo isso: "glorias imorredouras", não é uma falácia? Eu acho muito estranho essa tua opinão de intelectual, provavelmente os livros que li não sejam os mesmos que voce leu.Por mais que o sugeito seja um Monarquista, ele não deve ser tão reducionista em sua visão abstra de intelectual quando trata da Historia. Não sou um intelectual da área, mas ademiro muito o contexto histórico e sociológico deste deste período; observadas as devidas proporções, não concordo em nada com sua opinião a respeito do período monarquíco.O que me deixa contente, é que de ontem para hoje, o blog tem tomado um banho de fatos históricos que de uma certa forma pode estimular os navegantes a ler mais e portanto aprender, é claro, que dentro de nossos pontos de vistas e diversidades intelectuais.
ResponderExcluirWashington
Washington:
ResponderExcluirObrigado por seu comentário.
O bom da vida é exatamente isto: a existência de visões diferentes sobre os fatos legados pela história. Pensar diferente é próprio da democracia. Esta, por sua vez, pode ser comparada a uma moeda: tem duas faces.
Quanto à minha visão, ela se baseia em algumas constatações (todas verídicas), colhidas à luz da leitura da realidade histórica. Tipo assim:
-- Sob o reinado de Dom Pedro II o Brasil tinha uma moeda estável e forte; Possuía a segunda Marinha de Guerra do mundo; Teve os primeiros Correios e Telégrafos da América; Foi uma das primeiras Nações ao instalar linhas telefônicas no mundo.
-- O Parlamento do Império ombreava com o da Inglaterra; A diplomacia brasileira era uma das primeiras do mundo, tendo o Imperador Dom Pedro II sido árbitro em questões da França, Alemanha e Itália.
-- A Imprensa era livre e nunca foi censurada. Tinha até um jornal que defendia a República e pregava a substituição da Monarquia. No reinado de Dom Pedro II nunca houve uma prisão de pessoas que pensavam diferente dos governos (que se revezavam no poder entre os partidos Conservador e Liberal).
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ResponderExcluirAgora, sob a República, o Brasil teve mais de 40 presidentes. Destes:
– 12 eleitos cumpriram seus mandatos (aí incluídos FHC e Lula);
– 7 eleitos foram depostos;
– 1 eleito renunciou;
– 1 eleito teve o mandato suspenso por um impeachment;
– 1 assumiu pela força;
– 1 eleito foi impedido de tomar posse;
– 5 presidentes (que não são computados na lista oficial) foram interinos;
– 5 governaram em regime de exceção (Sem falar na “Junta Militar” que governou entre o final do governo do general Costa e Silva e início do governo do general Garrastazu);
– 1 eleito se tornou ditador;
– Tivemos dois longos períodos de ditadura (Getúlio Vargas, por 15 anos e o regime militar, por 20 anos);
– Tivemos – durante a República – vários fechamentos do Congresso Nacional, invasão a sindicatos, prisões e torturas, censura à imprensa, estados de sítios, inflação e corrupção nos governos.
Faça a comparação entre o período monárquico e o republicano e na sua avaliação poderá ver qual foi o melhor para o país.
eu também concordo que o brasil império foi melhor do que o brasil republicano ou seja o brasil atual, ou melhor dizendo o estados unidos do brasil por trás dos panos é o responsável por nosso desprogresso ,desde 1889 durante o nosso primeiro político brasileiro o presidente bandeirante,miliciano,militar deodoro da fonseca o brasil sempre foi dominado por milícias desde a colonização dos bandeirantes portugueses ! gostei da sua página continue assim , o brasil está precisando de pessoas como eu como você e muitos outros que se interessamos em desvendar os fatos e trazer a verdade a tona compartilhando ,nossos conhecimentos !
ResponderExcluireu também concordo que o brasil império foi melhor do que o brasil republicano ou seja o brasil atual, ou melhor dizendo o estados unidos do brasil por trás dos panos é o responsável por nosso desprogresso ,desde 1889 durante o nosso primeiro político brasileiro o presidente bandeirante,miliciano,militar deodoro da fonseca o brasil sempre foi dominado por milícias desde a colonização dos bandeirantes portugueses ! gostei da sua página continue assim , o brasil está precisando de pessoas como eu como você e muitos outros que se interessamos em desvendar os fatos e trazer a verdade a tona compartilhando ,nossos conhecimentos !
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