Estive confabulando, neste sábado pré-finados, sobre temas diversos com o genial pintor Antoni Macièj Babinski, um polonês radicado no Brasil e que escolheu as entranhas do Ceará para viver e recriar a natureza em seus quadros, um verdadeiro tesouro plástico e artístico.
Em nossa conversa, na sua residência no sítio Exu, em Várzea Alegre, conversamos sobre pintura, gravura, ecologia e literatura de cordel. A sensibilidade artística desse gênio, que nem mesmo ele consegue definir-se, mas que possui uma personalidade anarquista sobre o mundo em que vive fez-me emocionar por diversos momentos.
Ele fala das plantas, dos animais, do universo numa linguagem colorida, onde a luz e as cores fazem parte do seu cenário, tais quais as palavras e os sentimentos habitam a mente dos poetas. Ele fala arte, respira cores, distribui esperança e emana paz e tranquilidade para os seus pares.
Discutimos sobre a educação dos jovens e sonhamos, num sentido justo, algo que possa engrandecer a mente humana já tão poluída nesse universo pervertido pelo não compromisso social envolvendo a educação e a arte como molas propulsoras da nossa cultura.
Por fim, admirando a estética perfeita de uma gravura a mim presenteada pelo grande gravador, de nome Ocupação Pacífica, onde ele faz um anárquico contraponto da favela da Rocinha com a Praia de Cobacabana, no Rio de Janeiro, conseguimos enxergar de maneira mais humana, o que poderemos fazer pelos nossos jovens e crianças utilizando apenas a boa vontade e a arte como ferramentas fundamentais.
Viva a graça de ter um gênio entre nós!
Parabens aos tres.
ResponderExcluirAo Dr. Savio pelo extraordinario texto. A Varzea-Alegre por receber o pintor Antoni Maciej Babinsk no seu seio e ao pintor por desfrutar a vida neste lugar aprazivel e abençoado por São Raimundo Nonato.
Caro Sávio,
ResponderExcluirDa última vez que estive em Várzea-Alegria fui até o sítio Exu para conhecer o grande pintor. Encontrei somente sua esposa,ele estava em Brasilia, mas comprei um quadro dele, uma natureza morta.
Fiquei de me comunicar com ela depois, por e-mail, tinha intenção de adquirir algumas gravuras. Mas acho que perdi seu e-mail.
Fico imaginando a riqueza da conversa entre vocês.
Várzea-Alegre está sendo eternizada em suas pinturas.
Grande abraço, Jose Bitu
Jose
Zé Bitu,
ResponderExcluirSabe aquele cordel que escrevi sobre os porquinhos da Índia? Ele está interessado na idéia de uma publicação destinada ao público infanto-juvenil. Estamos conversando sobre a conclusão do trabalho e a estratégia de edição. Por enquanto, é apenas um projeto.
Um abraço.
Zé Sávio,
ResponderExcluirUma fantástica idéia. Não deixe que ela morra. A poesia viria crescer em significado com as gravuras e vice-versa, o ideal para as crianças, que necessitam das ilustrações.Dois grandes artistas. Melhor ainda para Várzea-Alegre.
Vou ficar na espera.
Abraços,
Bitu