A musica de hoje não é bem uma musica, é um dobrado de 1942, denominado Batista de Melo e faço a postagens em memoria de duas personalidades prestimosas de nossa terra e, que me causam grandes lembranças e saudades, e, também em homenagem ao ex-proprietário do Cine Odeon nos meus tempos de juventude.
São eles:
01 - Mestre Chagas.
Eu menino ainda, com oito anos e o irmão Pedro com cinco, descíamos do Sanharol com papai para assistir a noventa de São Raimundo. Quando chegávamos na casa de Mestre Antônio, esperávamos um pouco para seguir a Banda de Musica. Mestre Chagas tocava todos os instrumentos. Clarinete, pistom, trombone, Saxofone, e um dia, na frente da igreja, para zoar com os demais colegas tocou Bombardino sem usar os dedos. Colocou o braço em cima dos botões e apertou com a cana do braço. Era um extraordinário maestro.
02 - José André, meu pai. Um dia admirando a banda tocar, disse esta significativa frase: As duas coisas mais bonitas que existem no mundo são: Uma banda de musica tocando um dobrado e o baixio do Machado amarelo de arroz.
03 - Valderfrancys Correia - Era proprietario do Cine Odeon em Várzea-Alegre. As fitas vinham até o Cedro pelo trem e, ele ia de bicicleta buscá-las. Por que a homenagem? Pelo fato de trazer diversão naqueles tempos difíceis, e a sonoplastia, característica ou ultimo chamariz do Cine Odeon era este dobrado. Nós ficávamos esperando na Praça, olhando as meninas e, quando tocava o velho dobrado saiamos correndo para assistir ao filme. Este dobrado era a chamada derradeira.
Sugestão do Heleno Silva.
Mestre Chagas.
ResponderExcluirGrande musico que nunca recebeu a atenção e o reconhecimento devidos dos varzealegrenses. Teve uma vida de grandes necessidades junto com a sua familia. Fato inegavel.
Jose André - meu pai.
Este sim foi muito feliz. Gostava das coisas simples e, coisas simples não são dificeis de se conseguir. Apesar de ser pequeno agricultor e de ter vivido muitas secas, teve a oportunidade de ver tambem, por muitas vezes, o baixio do Machado amarelo de arroz. Já a banda de musica: levava sempre a sua casa no Sanharol para ouvir tocar.
Cine Odeon e Valderfrancy.
Fazia sacrificios como ir ao Cedro de Bicicleta para proporcionar diversão aos seus conterraneos. A introdução ou caracteristica deixa muitas saudades.
Belo dobrado,parece dia 7 de Setembro nas amplificadoras as alvoradas.Você é desse tempo amigo Morais?
ResponderExcluirSou amigo Danubio.
ResponderExcluirSou do tempo em que se ensaiava três meses para o desfile do dia Sete de Setembro. Decoravam-se os Hino Nacional e da Bandeira. O Diretor do Ginásio fazia um belo discurso. Sou do tempo que o deputado tinha vergonha e pudor, não se atrevia a passar mensagem de apoio a deliquente no recinto da suposta apuração. Sou bem antigo.
Abraços.
... Aí eu disse:
ResponderExcluirEm meus tempos de criança aqui no Crato curti muito um dobrado tocado pela banda de música municipal tendo a frente o maestro Azul.
Aquela banda sempre aparecia resplandescente nas celebrações cívicas e religiosas. Era o orgulho da municipalidade.
E eu via a banda passar com seus componentes bem vestidos e orgulhosos ostentando o estandarte do prazer, da alegria, da paz.
Seria impossível aqui descrever o meu sentimento diante de um dobrado por que ele vem recheado de saudade e a saudade as vezes dói. Mas mesmo doendo é muito gostoso de sentir.
A. Morais - Parabens.
Graças a postagem acabo de fazer uma viagem ao passado, fui lá na esquina do tempo para ver a banda passando na antiga rua Dr. João Pessoa, calçada de paralelepídos.
Espiando a rua comigo e fazendo sombra percebemos estáticos e absortos, antigos prédios do tempo colonial, e nas suas calçadas assentados em belas cadeiras de balanço, seus moradores.
Vi as duas amplificadoras "Cratense" e "Cariri" com ramificações em toda a cidade pararem de transmitir seu som e os locutores correrem para as portas.
Era um desfile muito bonito a ponto de não se poder perder um só detalhe. Olhei para cima e vi todos os terraços do Grande Hotel do primeiro ao terceiro andar, lotados de espectadores.
Na Praça Siqueira Campos, bela e ornamentada divisava o palanque dos promotores das festividades. E ouvi soar lá do meio da praça um grito "Olha a pipoca amanteigada e quentinha". Era o Zé pipoca fazendo o seu comercial aproveitando o momento para vender mais...
Que saudades... Quanto tempo já passou... Mas acho que esse passado foi importante só para mim e para meu olhar de criança que guardo como um troféu dourado no fundo do coração.
Que saudades... Difícil esqueçer o Ano de 1966 um dos melhores de minha vida, quando estudei no Colégio São Raimundo. Nascí em Farias Brito, mas meu coração será eternamente grato a minha querida Várzea Alegre.
ResponderExcluirAbraços !
Carlos Airton
Prezado Vicente.
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Parabens.
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