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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


terça-feira, 7 de novembro de 2017

Vem aí o feriado de 15 de novembro

   A história que seu professor de história não contou: Você sabe por que 15 de novembro é “feriado nacional”?

   Porque as autoridades republicanas gostariam que o povo festejasse a Proclamação da República, o maior golpe de estado da história brasileira.  E o povo brasileiro não está nem aí para essa caótica República, que piora a cada dia. Igual à cantiga da perua...

   Diferente do que foi aprendido nos tempos de escola, a república não era uma ideia que agradava a população brasileira, pelo contrário. Já em 1884, bem próximo a sua “proclamação”, apenas três republicanos conseguiram se eleger para a câmara dos deputados e na próxima eleição somente um. Ou seja, o Partido Republicano (que tinha toda liberdade de ação no reinado de Dom Pedro II) era como um desses partidos nanicos que existem hoje no Brasil (PSTU, Partido Comunista Operário, PSOL, dentre outros).

   Os republicanos tentavam a todo custo disseminar suas ideias pelo país, porém era um trabalho em vão. Quando enfim perceberam que não conseguiriam por fins pacíficos acabar com o império, tiveram a grande ideia de um golpe militar. Só que para que isso acontecesse precisariam ter o apoio de um líder de prestígio da tropa militar. Foi ai que então resolveram se aproximar de Marechal Deodoro da Fonseca em busca de apoio.
   O que grande parte das pessoas não sabe é que foi tarefa difícil convencer Marechal Deodoro a dar o golpe, tendo em vista que o mesmo era amigo do Imperador Dom Pedro II e era um dos maiores defensores da Monarquia. Mas qualquer pessoa tem seu “ponto fraco”. Aposto que isso tudo seu professor de história não contou: Brasil, um país republicano, graças a uma disputa entre o Marechal Deodoro e um político gaúcho (Silveira Martins) que tinham interesse pela mesma mulher: um tal de Adelaide.

   No calor dos acontecimentos, os republicanos precisavam pensar em algo rápido para que convencessem de vez o marechal a fazer a proclamação. Informaram então a Deodoro  que Dom Pedro II teria nomeado Gaspar Silveira Martins como primeiro ministro. Era mentira. Mas Gaspar nada mais era do que um rival de Deodoro, pois os dois já haviam disputado o amor de uma certa gaúcha.

   Na disputa, Deodoro saiu perdendo. Essa foi a gota d’água para que Deodoro “proclamasse” a República no Brasil. Deu no que deu: o caos dos dias atuais. Como podemos perceber, não há o que comemorar! Na verdade, essa “República” foi um golpe militar de uma elite contra outra. E o povo assistiu passivamente a mudança do regime, no qual o estado de coisas, a condição depauperada de vida da maioria continuou. E piorou nos últimos meses...

   Portanto, nós devemos esse inopinado feriado ao Marechal Deodoro da Fonseca, militar e político brasileiro, que, no dia 15 de novembro de 1889, proclamou a República Brasileira, derrubando a monarquia constitucional parlamentarista do Império do Brasil e pondo fim à soberania de Dom Pedro II. Foi esse o primeiro golpe militar no Brasil. Na República, esse golpe voltaria a ser aplicado várias vezes.

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