Ceará e Fortaleza já freqüentaram a primeira divisão do futebol brasileiro.
Mas, desfrutaram por pouco tempo o gostinho desse sucesso.
O alvinegro foi um pouco mais longe quando logrou participar de forma efêmera da sul americana.
Depois disso, o Ceará voltou para a segunda divisão e o Fortaleza foi esbarrar na terceira.
O tempo de permanência nesses estágios – sete anos – resultou da necessidade de trabalhos seguidos e competentes.
O pior de tudo é que essa situação gerou um sentimento de aceitação de vocação para a estagnação.
Deixou de surpreender uma onda de conformismo que prosperou no reconhecimento que o nosso futebol não tinha condições de figurar na linha de frente das divisões do futebol nacional.
Como aceitar isso se dispomos de uma estrutura de estádios e de público ávido para consumir a emoção que o futebol proporciona ?
Em 2017 conseguimos sair da inércia.
O Fortaleza avançou para a segunda e o Ceará alcançou a elite.
O que nos reserva 2018 ?
Que duras lições serviram para uma visão renovada dos gestores alvinegros e tricolores ?
Ora, se a gestão dos principais clubes de futebol do Brasil está longe de ser profissional como revela um programa de melhores práticas, imaginem por aqui onde as dificuldades são maiores.
Aí está o maior desafio.
Reconhecer os limites impostos e buscar fazer muito com os recursos desiguais.
Futebol é resmungar contra o impossível.
O Ceará, ainda sob os efeitos da euforia , tem pela frente uma tarefa mais delicada pelo peso de uma série A.
No Fortaleza, a maior aposta atende pelo nome de Rogério Ceni.
Não só como treinador.
Vai incursionar, com uso do prestigio que tem, na arquitetura de um Fortaleza de acordo com a sua dimensão. Por enquanto, vamos nos apoiar no consolo que a esperança proporciona.
Dois times de grandes torcidas. Merecem um lugar de destaque no cenário nacional.
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