Quadro
idealizado pelo pintor paulista Benedito Calixto denominado “A
Proclamação da República”. A historiadora Lilia Schwarcz escreveu: "Ao
que parece, a República não se proclamou ‘no berro’, nem deu Deodoro um
grito”. O quadro é uma simulação.
Os
livros escolares, de diversos autores – divulgam uma
“pseudo-historiografia” – apresentando a “proclamação” da República como
um episódio cheio de glórias, com o heroísmo do Marechal Deodoro e o
idealismo dos seus companheiros do golpe militar de 15 de novembro de
1889. Induzem os estudantes a supor que o velho Marechal foi ao Campo
Santana, no Rio de Janeiro, para participar de uma feroz batalha em prol
da liberdade, e em lá chegando, tirou o boné e gritou: “Viva a
República!”. O povo aplaudiu e respondeu: Vivaaa!
Mentira Cabeluda!
Mas o leitor há de perguntar: Se não houve essa proclamação, como foi implantada a República no Brasil?
Antes de responder, voltemos alguns anos antes do fatídico 1889.
Deodoro da Fonseca estava no Comando Militar do Rio Grande do Sul. O
influente político Silveira Martins ocupava a Presidência da então
Província, hoje Estado. Tanto Deodoro, como Silveira Martins disputavam
os encantos e favores de uma viúva, chamada Adelaide. Esta deveria ser
chamada “a heroína da República”, pois tudo se deve a ela.
Parece que Adelaide preferiu o Silveira Martins, deixando Deodoro em
segundo plano. Por consequência os dois senhores tornaram-se inimigos
ferrenhos. Anos mais tarde, em 1889, foi isso que conduziu a conduta
tresloucada do Marechal. Mas este nunca proclamou a república...
A verdade dos fatos dizia que naquele 15 de novembro, tremendo de
febre, o velho marechal foi ao Campo de Santana para destituir o
ministério liderado pelo Visconde de Ouro Preto. O Marechal chegou,
suando muito, com dor de cabeça e com a voz trêmula, falou o mais alto
que conseguiu: "Viva o Imperador”.
Depois voltou para casa. Para a cama. Deitado recebeu a visita alguns
conspiradores republicanos. Estes tentaram fazer com que Deodoro
assinasse um documento que viria a ser o Decreto Nº 1 da República. O
velho militar se recusou: havia jurado fidelidade ao Imperador Pedro II.
Deodoro não era republicano. Nunca foi. Havia mesmo escrito, poucos
dias antes, a um de seus sobrinhos, o General Clodoaldo que "República
no Brasil e desgraça completa são a mesma coisa".
De má fé, os conspiradores disseram ao Marechal que o Visconde de Ouro
Preto seria substituído por Silveira Martins. Sabiam da inimizade entre
os dois. Deodoro nunca havia perdoado seu antigo rival na disputa pelos
favores da Viúva Adelaide, à época que servira ao Exército em Porto
Alegre (RS).
Foi a gota
d’água! Tresloucado, como sempre ficava quando se lembrava de sua antiga
paixão, Deodoro disse textualmente: "Então me deixe assinar esta
porcaria". A “porcaria” era o primeiro decreto instituindo um “governo
provisório” constituído sem a aprovação do povo. Foi assim que a
República foi implantada no Brasil. Na prática, a assinatura de Deodoro
não representava coisa alguma. Mas os conspiradores a transformaram num
golpe militar.
PS
– O decreto que o “proclamador” da República chamara de “porcaria”,
começava assim: “Governo Provisório. Decreto no 1 (15 nov. 1889) –
Proclama provisoriamente e decreta como forma de governo da Nação
brasileira a República Federativa, e estabelece as normas pelas quais se
devem reger os Estados federais”. Deu no que deu. Basta ver a que
decadência chegou a atual República brasileira...
(Baseado em postagem feita no site: argumentário monárquico)
A proclamação da republica deu no que se ver aí. Iniquidade de lideres e liderados.
ResponderExcluir