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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quinta-feira, 7 de novembro de 2024

10 - Era do Império - Por EQUIPE PEDRO II DO BRASIL.

Pedro poderia pensar em outros assuntos, em amor por exemplo. Em sentir amor por alguém, se apaixonar, desejar alguém. Mas o que lhe esperava era um sentimento que ele nunca tinha imaginado. 

Uma amiga, uma amante, um amor que ultrapassaria barreiras físicas e cronológicas. Considerada por ele mesmo sua alma gêmea, sua fonte de energia e interesse.

Uma nova mulher surgia; desta vez para sempre. Uma nobre, filha de visconde, seu nome era Luísa, a Condessa de Barral. Foi convidada para ser preceptora das filhas, do Imperador.

Em meio a todo uma convivência, Pedro e Luísa se tornaram grandes amigos. O Imperador admirava muito mulheres como ela. Cultas, informadas e inteligentes. 

Os laços foram cada vez ficando mais intensos, um sentimento e uma identificação mútua cresciam. Uma mistura de amizade, admiração e desejo.

A Condessa também se tornou dama de companhia da Imperatriz Teresa Cristina, porém Dona Teresa não era muito próxima de Luísa, sabia que tinha algo “errado” uma proximidade incomum com Pedro, que ainda não era um caso amoroso ou sexual, mas uma amizade e identificação mútua em interesses e gostos muito intensa.

Continua na próxima postagem.

2 comentários:

  1. Dona Isabel, Conde D’eu e seus 3 filhos foram para o Palácio D’eu, de seu pai o Duque de Orleans, na França. Aonde tiveram uma vida confortável diante a fortuna que a família Orleans possuía.
    Pedro II e Pedro Augusto partiram para o centro de Paris, aonde se hospedaram em um simples hotel de 3 estrelas, pago por um grande amigo de Pedro, o Barão de Loreto.

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  2. Luísa Margarida de Barros Portugal, a Condessa de Barral foi uma mulher notável.
    Baiana de Salvador, e filha do barão de Pedra Branca, Luísa foi educada na França e se tornou conhecida por sua inteligência, cultura e arte da boa conversa. Sabe-se que do tempo em que viveu em Paris a Condessa aprendeu a nadar no Rio Sena, era frequentadora das operas e lia muitos livros.

    Casou-se na França (o que contrastava com a riqueza da sua família na Bahia) com um moço pobre, Eugene Barral, mas ficou viúva e com um filho. Aos quarenta anos foi escolhida dama da Imperatriz Teresa Cristina, e preceptora (coordenadora dos estudos e orientadora) das princesas Isabel e Leopoldina, herdeiras do Trono Brasileiro.

    Dotada de fortes princípios morais, conhecedora da etiqueta da época, poliglota, a Condessa de Barral foi a responsável pela formação intelectual das duas princesas.
    Abolicionista, a Condessa de Barral alforriou (concedeu liberdade) a todos os escravos da fazenda da sua rica família na Bahia. E ajudou a consolidar a influência que as princesas recebiam dos pais para serem, no futuro, contra a escravidão da raça negra.

    Uma mulher, realmente, notável.

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