Abaixo de Deus...
Só o senhor, doutor!
No meu recatado universo hipocrático, percebi no dia do médico um sentimento diferente dispensado pelas instituições de saúde aos possuidores da milenar arte de curar como não havia jamais acontecido.
Senti, comovido, como se pulverizou o sentimentalismo que transmitia ao esculápio uma postura mística, profissional, social e individual, digna, e que fazia do profissional da medicina uma figura quase que enigmática. Não que o médico queira ou detenha essa marca, mas por uma cultura imposta milenarmente pelo imaginário popular.
O misticismo da medicina entrou em decadência quando a sociedade, através dos meios de comunicação e orientações educativas, teve acesso as informações e aos métodos científicos empregados, o que foi bastante benéfico para a população. Todavia, a decadência dos demais atributos ousou acontecer de forma mais contundente.
A maneira desrespeitosa e assustadora que as esferas governamentais estão dispensando a esse segmento profissional disseminou-se sobre a sociedade de modo equivocado, produzindo uma cobrança social exagerada, cuja solução não está sendo devidamente planejada ou executada. Há muito, o setor saúde deixou o posto de prioridade.
A profissão de médico perde o encanto num momento em que todos se acham sê-lo, vez em quando ou toda vez, devido a uma banalização profissional impetrada decorrente da crescente carência de profissionais e da diminuta oferta de serviços, favorecendo, sobremaneira, o descontentamento agressivo de uma demanda reprimida. Daí, os discípulos de Hipócrates rezarem uníssonos:
- Oh, quão ingrata és tu, plêiade orçamentária, que nos desprezais!
No mais, só nos resta, para o sossego da nossa já tão deteriorada auto-estima, o consolo da magnífica pérola de domínio público, que nos coloca no segundo escalão da existência universal:
Abaixo de Deus...
Só o senhor, doutor!
Só o senhor, doutor!
No meu recatado universo hipocrático, percebi no dia do médico um sentimento diferente dispensado pelas instituições de saúde aos possuidores da milenar arte de curar como não havia jamais acontecido.
Senti, comovido, como se pulverizou o sentimentalismo que transmitia ao esculápio uma postura mística, profissional, social e individual, digna, e que fazia do profissional da medicina uma figura quase que enigmática. Não que o médico queira ou detenha essa marca, mas por uma cultura imposta milenarmente pelo imaginário popular.
O misticismo da medicina entrou em decadência quando a sociedade, através dos meios de comunicação e orientações educativas, teve acesso as informações e aos métodos científicos empregados, o que foi bastante benéfico para a população. Todavia, a decadência dos demais atributos ousou acontecer de forma mais contundente.
A maneira desrespeitosa e assustadora que as esferas governamentais estão dispensando a esse segmento profissional disseminou-se sobre a sociedade de modo equivocado, produzindo uma cobrança social exagerada, cuja solução não está sendo devidamente planejada ou executada. Há muito, o setor saúde deixou o posto de prioridade.
A profissão de médico perde o encanto num momento em que todos se acham sê-lo, vez em quando ou toda vez, devido a uma banalização profissional impetrada decorrente da crescente carência de profissionais e da diminuta oferta de serviços, favorecendo, sobremaneira, o descontentamento agressivo de uma demanda reprimida. Daí, os discípulos de Hipócrates rezarem uníssonos:
- Oh, quão ingrata és tu, plêiade orçamentária, que nos desprezais!
No mais, só nos resta, para o sossego da nossa já tão deteriorada auto-estima, o consolo da magnífica pérola de domínio público, que nos coloca no segundo escalão da existência universal:
Abaixo de Deus...
Só o senhor, doutor!
Dr. Savio.
ResponderExcluirReceba os nossos cumprimentos pelo texto de tão bela feitura. Concordo absolutamente com tudo, entendo tambem que não há nada mais importante do que: Abaixo de Deus, só o Senhor Doutor.
Parabens pelo segundo lugar.
Abraços.
" Abaixo de Deus,só o Senhor Doutor" Estava lendo seu texto bonito e acima de tudo realista e lembrei da viúva Porcina quando assistia a um discurso daquele poeta que falava difícil. Todo mundo aplaudiu inclusive ela mas disse: " Só entendi duas palavras: Tenho dito".
ResponderExcluirAh, Doutor Sávio, fico contemplando teus escritos e pensando: CHIQUINHO DE LOUSO deve ter muito orgulho desse filho doutor/escritor lá na morada dos justos. Claro que ele acompanha a tua luta. Parabéns extensivos à tua bondosa mãe Maria Dalva. Abraço da tua fã
ResponderExcluirSou suspeita em elogiar o que Sávio escreve. Mas que o cabra é bom isso é............
ResponderExcluirObrigada meu querido por usar sua inteligência e seu conhecimento até aos leitores desse BLOG. Também, só tem fera. Parabéns aos criadores do mesmo. Até eu tenho oportunidade de opinar!!!!!!!!!!
Abraços; Fideralina
29/10/2010.
Prezada Fideralina.
ResponderExcluirPassa teu email para ( moraisenair@hotmail.com).
Uma boa noite.
A. Morais