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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Vamos resgatar a memoria do Damião - Por Claudio Jose de Sousa.

Amigos!

Vamos resgatar os diálogos, as falas dos bonecos de Damião no Cacimiro Coco. Solicito aos internautas que assistiram ao espetáculo que contem alguma coisa que os bonecos falavam. Com certeza Mundim do Vale sabe muito, Israel deve saber, o Geovane Costa e o Flavin já começaram a fazer na postagem do dia 06 de Julho.
Claudio Jose de Sousa.
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Comentario do Blog:

A sugestão do Claudio Sousa é muito consistente, valiosa e acima de tudo oportuna. Damião dos bonecos, a alegria da criançada, merece. Nossa historiua merece, nossa gente tambem. Da minha parte vou me integrar na ideia do Claudio e onde encontrar qualquer coisa que faça parte da historia do Damião farei o resgate. Para começar leiam a historia abaixo, acontecida na Fazenda Canastra nos velhos tempos do Coronel Mario da Silva Leal.
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Vejam:

A cultura e a historia de Várzea-Alegre são ricas e muito devem ao Damião Carlos, o saudoso Damião dos Bonecos, a alegria da criançada. Como todo varzealegrense, o Damião era inteligente e competente no que fazia. Um dia contratou uma apresentação bonequeira prus lados da Fazenda Canastra dos familiares do Coronel Mário Leal. Por lá, a volta era dura, escreveu não leu, por nada a peia cantava. Damião chegou mais ou menos as nove horas da manha e encontrou a casa toda arrumada, barraca montada, terreiros limpos, os foguetões encabados e o mais importante: uma galinha caipira cozida ao molho pardo para o almoço.
Depois de encher a pança, Damião se acomodou numa rede alva e cheirosa para tirar um deforete e preparar as ideias. Nesse momento chega um sujeito montado num alazão e pergunta: O que vai haver aqui hoje? Que tá tudo tão arrumadim! O dono da casa respondeu: Um artista da Rajalegre vai fazer uma apresentação dos bonecas e dizem que é muito engraçada.
Então o caboclo completou: Avise pra ele que eu venho assistir e se não achar graça eu vou fazê-lo engolir os bonecos. Damião ouviu a promessa e dez minutos mais tarde, se mexeu na rede, se espreguiçou, e perguntou: de quem era aquele cavalo tão troteiro que passou? De Moacir Leal, responderam-no.
Damião se levantou e foi ao mato aliviar a descarga. De lá arribou pra casa deixando os bonecos de herança para Cláudio José de Souza. Quando se perguntava: Damião porque você foi embora? Ele respondia rindo: Eu lá sabia se Moacir Leal achava graça com qualquer besteira. Na duvida arribei.

5 comentários:

  1. Amigos.

    O ponta pé inicial está dado. Qualquer nota, comentario ou passagem da vida do Damião que encontremos vai agregar valores a esta ideia do Claudio que o Blog abraçou. Vamos resgatar a historia de nosso cultura popular, não só com o Damião, mas com todos aqueles conterraneos que do seu modo contribuiram com a nossa historia.
    Abraços a todos e a todas.

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  2. Claudio, parabéns pela iniciativa!! Damião fez parte da história de muitos varzealegrenses. Uma merecida homenagem!!!

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  3. Flávio Cavalcante disse...

    Muito boa a lembrança do Casimiro Coco do grande artista Damião dos Bonecos...Seria muito interessante acordar toda essa turma. Ler a poesia me fez recordar as "imorais" cantigas dos bonecos:
    "O velho mais um velha
    Tomava banho numa bica
    A velha escorregou
    e o velho comeu canjica...
    ô minha viola, ô viola boa,
    ô minha viola do sertão das Alagoa"

    6 de julho de 2010 07:39

    E aí Dr ainda lembra mais? Manda vê aí

    Giovani costa disse...

    Certa vez houve um cassimiro coco na Rua São Vicente e no meio do povo estava Ticão da Unha de Gato. Dengosa perguntou:Cassimiro você conhece o Ticão?
    _Conheço. não é aquela carnaúba sapecada que está ali?

    7 de julho de 2010 10:02

    E aí Geovani tem mais?

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  4. Cláudio...
    Parabens pelo resgate.
    Os bonecos de Damião fizeram partes da minha infância...
    Não esqueço as escarradas de casimiro coco em direção ao público...rsrrs
    Vou tentar recordar de mais coisa...
    Mas lembro outra que eles cantavam mais ou menos assim:
    "Quanto é tempo de caju,
    Todo pássaro mela o bico,
    Menina de 15 anos.
    Tem cabelo no "suvaco"...
    ô minha viola, ou viola boa...

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  5. Conheci muito o Damião no serviço braçal e desumano da agricultura trabalhado em nossa comunidade do Sanharol. Por conseqüência do destino tive que me ausentar de Várzea-Alegre exatamente no período de seu sucesso como artista nas suas atividades voltadas para a cultura dos bonecos.
    Lembro-me de outro artista com atividades paralelas e que muito alegrou o povo Varzealegrese, conhecido por Inácio do doce. Parabéns Morais, Cláudio Sousa por valorizarem o que temos de bom em nossa terra.

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