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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Revolução de Juazeiro - Parte II - Por Jose Augusto de Lima Siebra.

As companhias ficando
Num tiroteio cerrado
Do fumo das carabinas
O firmamento juncado,
Despindo-se o céu de luz
Contempla penalizado.

Procedendo desta forma
Fica o Crato abandonado
Do centro do Ceará
O ponto mais cobiçado
Torrão sagrado, altaneiro,
Por muitos bravos pisado.

Tendo somente no Crato
Um pequeno pelotão
Dois outros oficiais
Dos quais Tenente Romão
Aproveitando os jagunços
Esta pouca guarnição

Na tarde de vinte e quatro
O Crato foi atacado
A noite inteira passando
Num tiroteio cerrado
Às dez horas do outro dia
Pelos jagunços tomado

No momento em que no Crato
O tiroteio cerrou
O tenente (--------?)
No seu ginete montou
E cabalando aos soldados
Desta forma assim falou:

(Este oficial não merecia confiança, pois em Santa Rosa ouvi-o convencendo os soldados, de que atacar Juazeiro era o mesmo que se morrer. Falava assim em presença do Chefe de Polícia, sem que este o repreendesse).

2 comentários:

  1. Pouco se fala deste episodio. E quando falam criam controversias e fantasiosas historias para esconder a realidade da revolução.

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  2. Pois é, Morais, fala-se pouco. E também não sei o que a história oficial conta, mas também nunca pesquisei; e este poema (longo) de Zé Augusto chegou às minhas mãos incompleto. É uma pena, apesar de que tem muita coisa contada em seus versos.
    Mais uma vez te agradeço a postagem dos poemas de vovô.
    Abraços]
    Stela

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