Eh boi, eh boi!...
Era assim a entonação do aboio amador emitido por aquela criança que conduzia diariamente a sua pequena boiada ao pasto no intuito de garantir o seu alimento matinal e mais alguns trocados com a venda do leite mugido. Naquele tempo, esse pequeno trabalho infantil ainda não era crime. Era virtude, que segundo a ótica paterna iria contribuir para o aprimoramento da responsabilidade individual.
A alegria da volta era completada com aquele delicioso pão de milho, quentinho, coberto de nata de coalhada, mas que continha o gosto agradável da participação na aquisição do pão de cada dia. Fazia-se, assim, uma Santa Ceia compartilhada em nome do Pai, do Filho e do Espírito do Bem.
A família era o somatório de todos, com direitos e deveres pré-concebidos, porém com supervisão e punição coerentes. Não existiam mágoas, nem ciúmes, apenas a crença de uma unidade familiar, que transportava montanhas de obstáculos apenas com a leveza do conjunto. A ética e a moral era a mola propulsora da nossa existência, não havendo desvios. A palavra falada era o documento registrado que regia as nossas vidas.
Eh boi, eh boi!...
Era assim a entonação da cantiga de ninar que a nossa querida mãe entoava na borda da rede antes do mergulho profundo nos sonhos projetados em nossas mentes infantis. O soprar dessas palavras nos levava a uma aura bonita e sublime, nos dando a certeza de que o céu existia, e que ele ali chegara. Assim na Terra, como no Céu.
Eh boi, eh boi!...
É assim que continuo tangendo a minha vida repleta de infância e de espontaneidade.
Amém!
Era assim a entonação do aboio amador emitido por aquela criança que conduzia diariamente a sua pequena boiada ao pasto no intuito de garantir o seu alimento matinal e mais alguns trocados com a venda do leite mugido. Naquele tempo, esse pequeno trabalho infantil ainda não era crime. Era virtude, que segundo a ótica paterna iria contribuir para o aprimoramento da responsabilidade individual.
A alegria da volta era completada com aquele delicioso pão de milho, quentinho, coberto de nata de coalhada, mas que continha o gosto agradável da participação na aquisição do pão de cada dia. Fazia-se, assim, uma Santa Ceia compartilhada em nome do Pai, do Filho e do Espírito do Bem.
A família era o somatório de todos, com direitos e deveres pré-concebidos, porém com supervisão e punição coerentes. Não existiam mágoas, nem ciúmes, apenas a crença de uma unidade familiar, que transportava montanhas de obstáculos apenas com a leveza do conjunto. A ética e a moral era a mola propulsora da nossa existência, não havendo desvios. A palavra falada era o documento registrado que regia as nossas vidas.
Eh boi, eh boi!...
Era assim a entonação da cantiga de ninar que a nossa querida mãe entoava na borda da rede antes do mergulho profundo nos sonhos projetados em nossas mentes infantis. O soprar dessas palavras nos levava a uma aura bonita e sublime, nos dando a certeza de que o céu existia, e que ele ali chegara. Assim na Terra, como no Céu.
Eh boi, eh boi!...
É assim que continuo tangendo a minha vida repleta de infância e de espontaneidade.
Amém!
Dr. Jose Savio.
Dr. Savio.
ResponderExcluirParabens por ser essa eterna criança.
Abraços.
Parabéns Dr. Sávio. Você escreve muito bem. Acho que está no sangue e vc explora levando aos apreciadores da Literatura sua mensagem que, nesse texto: "MENINO DE RUA"; revela uma época de sua vida no sertão e que vc participou do aboio.
ResponderExcluirHoje, Dia do Médico. Parabéns pra vc e pra todos que abraçaram essa MISSÃO.
Abraços. Fideralina.
Dr. Sávio, enquanto enxergarmos bois a serem tangidos ao som do 'eh boi' é sinal de que a criança que existe em nós está presente. e isso é bom. Que a criança do sávio homem abrace a alma do sávio médico, no seu dia. Parabéns.
ResponderExcluirFafá Bitu - Disse
ResponderExcluirOi, Sávio, parabéns pelo DIA DO MÉDICO e mais ainda pelas suas postagens. Nunca esqueço de um longo percurso que fizemos pela Vale do Jaguaribe partindo de Várzea Alegre para Fortaleza. Dizem assim: " Adoro Várzea Alegre pena que é tão longe". Com você a viagem se tornou rápida e divertida. Abraço conterrãneo,
Fafá
Caro Dr. Sávio....
ResponderExcluirParabens pelo dia do médico e pela beleza do texto.
E como o menino aboiador e tangedor de gado, você se tornou também um especilista na condução das palavras...
Adorei....
Zé Sávio, um beijão de parabéns a esse grande médico menino!!!!
ResponderExcluirMorais, Fidera, Xico Bizerra, Fafá, Magnólia, Flavinho, Klébia
ResponderExcluirAgradeço, de coração, os parabéns pelo dia do médico e me mostro sensibilizado pelos comentários.
Um grande abraço.