Peleja de Dr. Sávio Pinheiro com Mundim do Vale
Esta peleja durou três dias e três noites lá no Sanharol, na casa de D. Tonha, e terminou no dia 22/01/2011, as 10hs11min.
Reproduzo aqui somente a apresentação.
Mundim
PENSANDO NA EDUCAÇÃO;
ASCENDO MAIS UMA VELA;
Que era a proposta dela;
Gerada do coração;
Tinha a orientação;
Quem quisesse aprender;
Com relação ao saber;
Mas mamãe era exigente;
Só porque fui displicente;
Eu não aprendi a ler.
Sávio
PENSANDO NA EDUCAÇÃO;
ESCREVENDO UMA NOVELA;
Como Jesus, se nivela;
Pois, sendo ele, um cristão;
A sua religião;
Eu gostaria de ter;
O seu bonito escrever;
Porém, a gente cativa;
Como disse o Patativa;
Ele diz não saber ler.
Mundim
PENSANDO NA EDUCAÇÃO;
ASCENDO MAIS UMA VELA;
Que o estudo revela;
Pra ter a qualificação;
É aprender a lição;
Sei que é o caminho correto;
Nem o primário completo;
Pois não cheguei a fazer;
Porque não quis aprender;
Eu sou semi-analfabeto;
Sávio
PENSANDO NA EDUCAÇÃO;
ESCREVENDO UMA NOVELA;
Mundim do Vale revela;
Reabrindo o coração;
Desenvolve a nobre ação;
De forma muito completa;
No aguardo de sua meta;
Ficando em meu camarote;
Para glosar este mote;
Solicitei ao poeta;
Mundim
PENSANDO NA EDUCAÇÃO;
ASCENDO MAIS UMA VELA;
De lousa, giz e flanela;
De livro de admissão;
De ponto de união;
Seu verso tem o valor;
Como um bom professor;
Pensa na pedagogia;
Zé Sávio da academia;
O bom poeta doutor.
O apresentador:
Isto é somente uma amostra;
Desta peleja medonha;
Na casa de D. Tonha;
E não se teve a resposta;
É disto que o povo gosta;
Pois ninguém foi derrotado;
E fica aqui registrado;
Mundim do Vale não venceu;
Dr. Sávio não perdeu;
Ficou tudo confirmado;
Também é uma brincadeira;
Pois troquei todas as linhas;
O Mote passou pra cima
Na minha história brejeira;
Foi coisa muito maneira;
Que achei no Sanharol;
E em plena luz do sol;
Troquei os versos dos home;
Essa culpa me consome;
Neste domingo de escol.
Este sentido reverso;
Este trocadilho meu;
Vejam o que sucedeu;
Trocando as linhas do verso;
Na história não houve inverso;
Ficando o mesmo sentido;
Não precisa de alarido;
Pois nada aqui se perdeu;
Continuam filhos seus;
Não fiquem aborrecidos;
Os versos da peleja, fôram coletados aqui no Blog, na postagem de Mundim do Vale - dia 22. Os últimos, são deste apresentador.
Vicente Almeida
Vicente Almeida cantou
ResponderExcluirNa casa de dona Tonha,
Onde uma moça tristonha
Num instante se alegrou.
Ele, um verso, recitou
Com a sua enorme magia.
Saiu da noite pro dia
Improvisando o repente
E alegrando muita gente
Produziu muita alegria.
Misturou Sávio e Mundim
Com muita satisfação
Usando o seu coração
Numa verdade sem fim.
Eu só lembrei de Bidim
Tocando a sua viola,
Que até hoje controla
Lá do céu, a minha mente,
Porém Deus mandou Vicente
Pra organizar nova escola.
Um abraço Vicente Almeida e obrigado pela homenagem.
Vicente.
ResponderExcluirMuito boa a peleja. Parabens.
É por isto que eu gosto daqui.. Tudo é poesia.
ResponderExcluirAbraço,
Claude
Nessa casa tudo termina em verso e com que carinho! Vicente, você ficou ótimo como apresentador. Aposto que isso aqui vai terminar em escola como diz Duda.Parabéns,
ResponderExcluirFafá
É por isso que sinto muito saudades do Ceará, principalmente de Várzea Alegre, cidade de meu pai, que me ensinou a gostar de poesia. Por que Várzea Alegre inspira poesia!!!
ResponderExcluirParabéns!!!
Abraços!!!!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirPoeta Vicente, gostei da inversão do poema e ainda mais do cerimonial rimado.
ResponderExcluirabraço dojatí.
Mundim.
É...
ResponderExcluirCompanheiros:
Não, não, tira o companheiros, isso parece dito por outra pessoa.
Amigos:
Quem já assistiu uma peleja de violeiros, sabe o quanto é gostoso.
Eles viram a noite cantando seus repentes, seus motes, seus improvisos e normalmente os enamorados.
A gente nem pensa em dormir, só pensa em ficar ali ouvindo e curtindo a noite toda para nada perder.
E a cota! Esta é bem poética: O olheiro dá o nome do casal e o violeiro chama o namorado ou marido para dar a sua contribuição.
Se for pouco ele critica e diz que o homem é pão duro, está desvalorizando o seu amor.
Se for o bastante ele passa muito tempo elogiando.
Se o cabra não aparece, ai ele fica chamando e gozando com a ausencia do convidado a pagar.
é tudo brincadeira mas muito sadio e gostoso, rimado e ritmado.
Participei de muitas noitadas dessas na minha juventude, no tempo da poesia brejeira, da confiança, do verdadeiro amor.
Lembrando aqueles tempos idos, resolvi juntar dois bambas da poesia num grande duelo que ai está.
Tai, é a unica vez em que o homem é cantado por dois outros homens, e acha bonito, e ainda paga pela cantada.
Vicente Almeida
Parabéns, Parabéns, Parabéns !!!
ResponderExcluirDM