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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sábado, 5 de maio de 2012

AS FERAS DO IMPROVISO 038 - Por Mundim do Vale.

Jó Patriota:

No Moxotó, a rolinha
Voa sem saber pra onde;
Não pode fazer seu ninho,
As árvores não tem mais fronde.
Às vezes busca refúgio,
Onde o gavião se esconde!

José Filó de Meneses:

O mangangá, como um bonde,
Fica pra cima e pra baixo;
Mas, encontrando um pau seco
Na beirada de um riacho,
Entra como oxigênio,
Rasgando o fundo dum tacho.

Um comentário:

  1. Prezado Mundim

    Quando os poetas se encontram fazem aquela festa. Deixam qualquer ambiente, por mais ransina que seja, alegre e bem humorado. Jose Pequeno foi um dos maiores poetas de nossa terra. Raimundo Sousa, do sitio Varzinh, cunhado do José Pequeno tinha uma porca muito ladrona, nada detinha, cerca, canga, cambão, tamanca. Vivia a dar prejuizos aos vizinhos, as queixas eram constantes. Raimundo encontrou um bom preço e vendeu a porca para alivio dos amigos.

    José Pequeno conversava com os cunhados Raimundo de Sousa e Alencar e, sabendo do alto valor da venda disse:

    Dar um bom verso. Vamos fazer? Eu digo a primeira parte,Raimundo a segunda e Alencar concluiu. Assim se deu a trajedia:

    Jose Pequeno:

    Raimundo vendeu a porca por 30 cruzeiros.

    Raimundo de Sousa:

    Fiquei muito satisfeito porque peguei no dinheiro.

    Alencar terminou o poema dizendo:

    Vendeu até a canga.

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