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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


segunda-feira, 7 de maio de 2012

A musica do dia 011 - Por Antonio Morais

O Romantismo das cartas. 

O hábito começava na escola. O caderno abarrotado de regras gramaticais, fórmulas matemáticas e lições de geografia, e lá, na última página, centenas de corações desenhados com caneta vermelha. Parecia aula de ciências, mas era introdução à publicidade. Em breve se estariam desenhando corações em árvores, escrevendo atrás da porta do banheiro e grafitando a parede do corredor: Pedro ama Regina.

Toda pessoa apaixonada era uma publicitaria em potencial. Não anunciava cigarros, hidratantes ou perfumes, mas anunciava seu amor, como se vivê-lo em segredo diminuísse sua intensidade. Hoje muito do romantismo de antanho está em desuso. Com o advento da  informação todos tem um celular  com três  chipes, filmadora, TV etc. Perdeu-se o romantismo das cartas.

Há bem pouco tempo  a carta era  o único meio de comunicação entre as pessoas. De Várzea-Alegre ao Crato, 86 quilômetros apenas, eram 10 dias o tempo para uma carta chegar. Lia-se e relia-se  diversas vezes. Quem recebe uma carta hoje em dia? Quem guardou ou guarda as suas cartas enviadas e recebidas há 40 anos? Elas fazem parte da historia de muitos relacionamentos  bonitos e duradouros. E por falar em cartas ouça esta na voz do Erasmo e Renato Russo. 

Sugestão da Beatriz - Uma boa semana.



2 comentários:

  1. É preciso amar as pessoas como se não houvesse o amanhã.

    Renato Russo.

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  2. Não tenho minhas cartas de qurenta anos porque o cupim visitou o baú...
    Fiquei muito triste, mas a nossa história continua... Sem cartas! Ou as cartas são outras!

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