O Romantismo das cartas.
O hábito começava na escola. O caderno abarrotado de regras gramaticais, fórmulas matemáticas e lições de geografia, e lá, na última página, centenas de corações desenhados com caneta vermelha. Parecia aula de ciências, mas era introdução à publicidade. Em breve se estariam desenhando corações em árvores, escrevendo atrás da porta do banheiro e grafitando a parede do corredor: Pedro ama Regina.
Toda pessoa apaixonada era uma publicitaria em potencial. Não anunciava cigarros, hidratantes ou perfumes, mas anunciava seu amor, como se vivê-lo em segredo diminuísse sua intensidade. Hoje muito do romantismo de antanho está em desuso. Com o advento da informação todos tem um celular com três chipes, filmadora, TV etc. Perdeu-se o romantismo das cartas.
Há bem pouco tempo a carta era o único meio de comunicação entre as pessoas. De Várzea-Alegre ao Crato, 86 quilômetros apenas, eram 10 dias o tempo para uma carta chegar. Lia-se e relia-se diversas vezes. Quem recebe uma carta hoje em dia? Quem guardou ou guarda as suas cartas enviadas e recebidas há 40 anos? Elas fazem parte da historia de muitos relacionamentos bonitos e duradouros. E por falar em cartas ouça esta na voz do Erasmo e Renato Russo.
Sugestão da Beatriz - Uma boa semana.
É preciso amar as pessoas como se não houvesse o amanhã.
ResponderExcluirRenato Russo.
Não tenho minhas cartas de qurenta anos porque o cupim visitou o baú...
ResponderExcluirFiquei muito triste, mas a nossa história continua... Sem cartas! Ou as cartas são outras!