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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quarta-feira, 1 de novembro de 2017

O Antagonista.


Prisão postergada.


Alguns deputados mineiros reuniram material sobre a caravana de Lula, diz O Globo. O plano é denunciá-lo ao TSE, acusando-o de campanha eleitoral antecipada.

O maior problema de Lula não é campanha eleitoral antecipada, e sim prisão postergada.

Voltamos à Tropa de Elite.

O crime organizado fatura 10 milhões de reais por semana na Rocinha. Torquato Jardim, em sua entrevista para O Globo, deu a entender que uma parte desse dinheiro vai para o comando da PM.

“Há toda uma linha de comando que precisa ser investigada, que está sendo analisada. Nós temos informação: R$ 10 milhões por semana na Rocinha com gato de energia elétrica, tv a cabo, controle da distribuição de gás e o narcotráfico. Em um espaço geográfico pequeno. Você tem um batalhão, uma UPP lá. 

Como aquilo tudo acontece sem conhecimento das autoridades? Como passa na informalidade? Em algum lugar, voltamos à Tropa de Elite 1 e 2. Em algum lugar alguma coisa está sendo autorizada informalmente.”

Existe um serviço de inteligência sobre tudo que eu falo.

Torquato Jardim baseou-se em relatórios de inteligência para denunciar o conluio entre o comando da PM e os narcotraficantes cariocas. Ele disse para O Globo: “Existe um serviço de inteligência sobre tudo que eu falo”.

Ele garantiu que o topo do comando da PM não foi infiltrado pelo crime organizado: “Não, no último topo, não. É uma descrição genérica. Há vários níveis de comando na hierarquia militar”.

Torquato Jardim deu alguns exemplos desse conluio: “Em algum momento, este ano, de uma única vez, foram presos 93 policiais de um batalhão em São Gonçalo. Alguns dias mais tarde, mais alguns. E qual foi a consequência disso? A polícia tem que revelar, tem que contar.

Tem a questão de vazamento de informações. Havia uma operação em conjunto com as forças federais planejada num morro, sabia-se que todo sábado de manhã uma das figuras mais perigosas do Rio jogava bola com a gangue dele ali naquele momento. A turma chegou escondida, secreta, silenciosa. O sujeito naquele dia não foi jogar bola onde joga bola todo sábado.

Para mim, é muito curioso que o Roberto Sá secretário de Segurança não tenha encontrado entre os oficiais da ativa um comandante-geral da PM. E foi buscar o coronel Dias que já estava aposentado. Então são essas circunstâncias todas que causam essa dúvida. Lamento a repercussão e extensão que teve as declarações feitas. Fiz uma crítica institucional pessoal. Mas se estou errado, que me provem”.

Um comentário:

  1. Todos sabem que existe algo de muito errado no Rio de Janeiro. A palavra é do Ministro de Estado da Justiça, deve ser levada muito a serio. Se a justiça não merece credibilidade entreguem o estado a bandidagem.

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