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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sábado, 13 de julho de 2019

Crato: Colégio Pequeno Príncipe, Rádio Princesa, mercearia “O Rei da Feijoada”, etc...


     Se fosse verdade, como alguns tentam propagar, que os Reis e Imperadores deixaram péssima recordação histórica – como tiranos, sanguessugas, ociosos, caprichosos, cercados de aduladores e de concubinas, etc., etc. –, as palavras “Rei” e "Imperador" viriam, forçosamente, carregada de más conotações. Não é o que acontece.

    Até hoje, apesar das sistemáticas campanhas republicanas para destruir a boa imagem que os Reis deixaram na memória popular brasileira, a ideia da realeza ficou indissociavelmente ligada à de excelência. Nossa Senhora da Penha é chamada de Imperatriz e Padroeira de Crato. O cantor Luiz Gonzaga (Cidadão Honorário de Crato) é chamado de "O Rei do Baião". E os concursos de "Rainhas" nas nossas escolas? Não é por outro motivo que tantas e tantas casas de comércio – sobretudo as pequenas – têm nomes como “Rei dos Parafusos”, “Rei dos Sucos”, “Rainha dos Calçados”, Rei e Rainha disto e daquilo...

   Em janeiro de 1991, quando o Professor Armando Alexandre dos Santos, conhecido monarquista brasileiro, encontrava-se em Recife, capital do Estado de Pernambuco, realizando uma conferência, um assistente, muito espirituoso, pediu a palavra e contou que, certa feita, perguntara-se a um desses “Reis” do pequeno comércio por que não passava a intitular seu estabelecimento de “O Presidente da República" (ao invés de "Rei"), ao que comerciante logo respondeu: “Não troco o nome porque, se trocasse, todo mundo iria pensar que é esculhambação.”

(Baseado em trecho do livro “Parlamentarismo, sim! Mas à brasileira, com Monarca e Poder Moderador eficaz e paternal”, do supracitado Professor Armando Alexandre dos Santos). 

Foto: Sua Alteza Real o Príncipe Dom Rafael de Orleans e Bragança (quarto colocado na linha da sucessão ao Trono Brasileiro) cumprimentando uma vendedora de frutas durante visita à cidade de Pompéu (MG), em novembro de 2016.
Postado por Armando Lopes Rafael

Um comentário:

  1. Prezado Armando - Costumamos lembrar e seguir sempre as coisas boas. Quando o fazendeiro coloca o nome da vaca de estimação de "imperatriz", quando se dizem que o "Crato é a Princesa do Cariri", quando se usa os títulos nobres da monarquia como referência de elogios e grandeza nota-se a importância e o valor da monarquia. Você tem razão ao escrever essas significativas ponderações.

    Difícil e impossível é alguém escrever hoje ou amanhã referências a desordem, anarquia e ladroagem dos últimos governos da republica. Até eles mesmos se envergonham e negam suas qualidades nefastas.

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