Se
fosse verdade, como alguns tentam propagar, que os Reis e Imperadores
deixaram péssima recordação histórica – como tiranos, sanguessugas,
ociosos, caprichosos, cercados de aduladores e de concubinas, etc., etc.
–, as palavras “Rei” e "Imperador" viriam, forçosamente, carregada de más conotações. Não é o que acontece.
Até hoje, apesar das sistemáticas campanhas republicanas para destruir a
boa imagem que os Reis deixaram na memória popular brasileira, a ideia
da realeza ficou indissociavelmente ligada à de excelência. Nossa
Senhora da Penha é chamada de Imperatriz e Padroeira de Crato. O cantor
Luiz Gonzaga (Cidadão Honorário de Crato) é chamado de "O Rei do Baião".
E os concursos de "Rainhas" nas nossas escolas? Não é por outro motivo
que tantas e tantas casas de comércio – sobretudo as pequenas – têm
nomes como “Rei dos Parafusos”, “Rei dos Sucos”, “Rainha dos Calçados”,
Rei e Rainha disto e daquilo...
Em janeiro de 1991, quando o
Professor Armando Alexandre dos Santos, conhecido monarquista
brasileiro, encontrava-se em Recife, capital do Estado de Pernambuco,
realizando uma conferência, um assistente, muito espirituoso,
pediu a palavra e contou que, certa feita, perguntara-se a um desses
“Reis” do pequeno comércio por que não passava a intitular seu
estabelecimento de “O Presidente da República" (ao invés de "Rei"), ao
que comerciante logo respondeu: “Não troco o nome porque, se trocasse,
todo mundo iria pensar que é esculhambação.”
(Baseado em
trecho do livro “Parlamentarismo, sim! Mas à brasileira, com Monarca e
Poder Moderador eficaz e paternal”, do supracitado Professor Armando
Alexandre dos Santos).
Foto:
Sua Alteza Real o Príncipe Dom Rafael de Orleans e Bragança (quarto
colocado na linha da sucessão ao Trono Brasileiro) cumprimentando uma
vendedora de frutas durante visita à cidade de Pompéu (MG), em novembro
de 2016.
Postado por Armando Lopes Rafael
Prezado Armando - Costumamos lembrar e seguir sempre as coisas boas. Quando o fazendeiro coloca o nome da vaca de estimação de "imperatriz", quando se dizem que o "Crato é a Princesa do Cariri", quando se usa os títulos nobres da monarquia como referência de elogios e grandeza nota-se a importância e o valor da monarquia. Você tem razão ao escrever essas significativas ponderações.
ResponderExcluirDifícil e impossível é alguém escrever hoje ou amanhã referências a desordem, anarquia e ladroagem dos últimos governos da republica. Até eles mesmos se envergonham e negam suas qualidades nefastas.