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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


terça-feira, 5 de abril de 2011

MAIS UMA VIAGEM - PARTE II - Por Claude Bloc (Flor da Serra Verde)



Saí de Fortaleza de coração apertadinho. Victor sempre me pede para não ir, pra ficar mais com ele. Por isso meu coração se apertou tanto de saudade dele (meu netinho) quanto daquela apreensão que sempre antecede um voo aéreo.  

Cheguei ao aeroporto sozinha. Fui de táxi. Fiz todo o procedimento de embarque e fui almoçar. Não estava com fome. Forcei-me a comer alguma coisa, pois não iria ter tempo em Teresina.


De cima, reparei os recortes do litoral e me lembrei das aulas de Geografia de Dona Cira. Eu tinha que desenhar mapas e localizar determinadas cidades, mas sempre ficava pensando: como é que conseguiam fazer mapas antigamente sem instrumentos de precisão? Como é que numa escala tão pequena se desenhava com tanto detalhe o encontro da terra com o mar?

E meu olhar se prendeu nas paisagens. O comandante do avião anunciou que logo estaríamos em solo piauiense. A terra foi se aproximando. As nuvens foram dando passagem e os rios barrentos (Poti e Parnaíba) que irrigam Teresina, foram aparecendo.



Cheguei à cidade de Teresina debaixo de chuva. De longe, eu, ainda em voo, já observava a precipitação da água. Achei interessante ver aquilo de cima. Ao pisar no solo quente e chovido senti o vapor da chuva esquentando minhas pernas. A temperatura local estava em 38º, mas havia abrandado por causa da chuva.

O voo foi pontual e cheguei ao destino na hora certa. Eu iria ser atendida pelo orientador do Mestrado às 3 da tarde e às 2:40 eu já estava de prontidão.


Tudo certo, missão cumprida. Minhas colegas me aguardaram para uma carona até Sobral. Saí às 3:45h. Cheguei a Sobral às 8h da noite Meus manos Dominique e Tony me receberam com sorrisos.

Para Crato, saindo de Sobral, não tem ônibus todo dia. Sigo pra lá amanhã à noite. Descanso na quinta. Sexta já tem aula na URCA.

Não reclamo. A vida é boa por causa desses "vai-e-vem". E fico aqui com os versinhos daquela música:

Não, não posso parar
Se eu paro eu penso
Se eu penso eu choro...

Prefiro sorrir, estar com vocês dividindo alegrias.
Claude Bloc

6 comentários:

  1. Dificil é saber qual das postagens ficou mais interessante e quais as fotos mais bonitas.

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  2. Parabéns Claude, você é uma artista. E quanto a Geografia, nada sei pois também fui aluna de dona Cira e só aprendi a localisar rios, países etc..kkkkkkkkk.
    Fideralina.

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  3. Obrigada, Morais, pelo apoio e pela presença sempre gentil.

    Abraço,

    Claude - Flor da Serra Verde

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  4. Fideralina,

    Oxente, menina, de Geografia eu gostava... Desenhava com capricho os mapas. Sempre gostei (também)de desenho.

    Obrigada pelo comentário...

    Quando você vem ao Crato?


    Abraço,

    Claude - Flor da Serra Verde

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  5. Fui do Crato à Fortaleza
    Num pomposo Guanabara;
    Embarquei pra Terezina
    Com a coragem e a cara;
    Num voo de muita poesia
    Fotografei a nostalgia
    Numa arte que dispara.

    Bom retorno.

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  6. Obrigada, Sávio,

    Você fez minhas as suas palavras, e fez meus os seus versos.
    Gostei da trova.

    Abraço,

    Claude - Flor da Serra Verde

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