MEDO
O medo é um temor que eu temo tanto,
O qual me dá terror quando há tormento,
E usando o meu mais triste sentimento
Conduzo o meu cantar a um triste canto.
Sentindo uma agonia, eu me levanto
Com medo de viver um vão momento,
E vendo o meu pavor soprar ao vento
Eu colho uma aflição da qual me espanto.
Da morte, que é fatal, não sinto medo!
Nem mesmo, ela chegando bem mais cedo,
Pois vejo, o fim da vida, algo banal.
Porém, da dor insana, mais frequente!
Eu sinto um medo forte, internamente,
Um medo quase fora do normal.
Dr. Sávio, boa reflexão sobre o medo.
ResponderExcluirBoa Páscoa para você e sua família.
Que lindo texto para esta significativa Sexta Santa. Impressionante como o querido escritor Sávio desfila com a mesma desevoltura pela poesia popular, pela prosa e pela poesia de formatos tradicionai.
ResponderExcluirFelicidades a todos do blog do Sanharol e ótima Páscoa...
LINDO SONETO. BONITA MENSAGEM PARA REFLEXÃO. ACHO QUE A PALAVRA "NORMAL" FOI REPETIDA. COISAS DO COMPUTADOR.
ResponderExcluirÉ...
ResponderExcluirSávio:
O medo é uma companhia
Que vez ou outra aparece
Seja de noite ou de dia
Mesmo rezando uma preçe
Não escapa um só valente
Quando a morte de repente
Seus serviços lhe ofereçe.
O valente treme e chora
Geme e funga e bate o pé
Mas desta vez ele não pode
enganar como quiser
De nada vale a afoiteza
Diante da grandeza
Da foice dessa dessa mulher.
Abraços do
Vicente Almeida
Artemísia,
ResponderExcluirPara escrever e externar sobre o medo que eu tenho da "dor insana", meditei muito sobre a coragem do nosso Cristo Salvador. Portanto, como você imaginou, realmente fiz uma necessária reflexão.
Feliz Páscoa.
Flávio Cavalcante,
Estou em falta com você, por ainda não ter te enviado algumas histórias pitorescas da nossa região. De vez em quando, leio as suas cômicas histórias e dou boas gargalhadas e ainda comento com o meu irmão Francisco Carlos.
Um grande abraço.
Grande vate e seresteiro João Dino,
Você é bom de ouvido e de visão,
Pois numa pura e simples olhadela
Descobriu a minha falta de atenção.
Sucesso!
Vicente Almeida,
Realmente, a mulher da foice não me intimida muito não! Na minha profissão eu convivo muito com a morte e com o sofrimento das pessoas. Daí, eu sentir mais medo da dor física, mental e etecétera e tal, que propriamente do desenlace final.
Uma boa Páscoa.
"A MORTE"
ResponderExcluirA morte é um grande mistério
Não sei nem também quero saber
Quem é médico leva a serio
Paciente tem medo de morrer
Ela chega impondo seu império
Ignorante não pode entender
Retenho em meu imaginário
Medo de deixar tudo, de perder
E tudo que tenho é ordinário
Deus é bem maior que meu querer
É bem maior que meu escapulário
É melhor morrer que padecer
Em pó eu ficarei no cemitério
Na esperança de um dia reviver
Francisco Gonçalves de Oliveira
Parabéns Dr. Sávio belo belíssimo soneto.
Aproveitando o tema e o clima de páscoa também alinhavei esse sonetinho.
Sávio, bonita reflexão. E sobre o medo, expresso-me com umas quadrinhas quadrinhas:
ResponderExcluir.
Você não tem medo da morte
Pois não quero ver chegar
E te falo com firmeza:
Não a quero abraçar.
Ela virá com toda certeza
E não temos como negar
Ninguém se esconde dela
Nem por muito rezar.
Nesta sexta feira Santa
A Jesus eu vou orar
Pedindo as suas graças
Para a morte aceitar.
Abraços; Fideralina.
Medo, uma palavra tão "feia" e nas mãos de Zé Sávio se transforma num belo texto .....
ResponderExcluirFrancisco,
ResponderExcluirVejo que você também prefere morrer que padecer. Interessante, eu sabendo do seu gosto por sonetos, lembrei de você na hora da construção deste poema. Parabéns pelo "MORTE".
Um abraço.
Tia Fidera,
Entendo que a senhora tem medo de morrer e de padecer. Os seus versos falam isso.
Feliz Páscoa.
Klébia,
Se a fome é que nos ensina a comer, o medo nos ensina a sobreviver. Bonito comentário. Fiquei todo orgulhoso com tão elogiosas palavras.
Tenha uma boa páscoa.
Eu tinha medo de pato quando pequena. Não do bicho pato, mas de um pato que diziam que me pegaria se eu não fosse dormir cedo....
ResponderExcluirPorém seu soneto-medo está perfeito.
Abraço de Páscoa
Quando aparece aqui com a Fran?
Claude
É ISSO MEDO UMA PALAVRA DE 4 LETRAS QUE É CONSTANTE EM NOSSA VIDA, ACHO QUE MEU MEDO MAIOR É DA MORTE, POIS É A UNICA COISA QUE NÃO CONHEÇO, AS OUTRAS CONHECEMOS E PASSAMOS POR CIMA, MAS A MORTE NINGUÉM SABE O QUE VEM DEPOIS DELA NEM O QUE SENTIMOS ABRAÇOS
ResponderExcluirDr. Savio.
ResponderExcluirDepois de uma Sexta-feira santa em Varzea-Alegre só agora abrindo o Sanharol para ver o Sexta de Textos e lhe cumprimentar.
Abraços
Sávio,
ResponderExcluirfalar sobre o medo pelo um BATISTA e oriundo do Mocotó dava para escrever um "tratado".Eu fico só com o seu medo.Parabens.
Claude,
ResponderExcluirSe a professora gostou do trabalho fico feliz e perco o medo.
Israel,
É interessante a opinião das pessoas quanto ao tema citado. O seu medo é o inverso do meu.
Morais,
Pela primeira vez, você comenta o "Sexta", num Sábado. Sem medo.
Rolim,
Realmente, o tema não é apropriado para a população mocotoína. Mesmo assim, você demonstrou muita coragem.
Um abraço a todos.
O Poeta Sávio é um fingidor não teme a ¨Morte¨,teme somente a dor.Ora¨O poeta é um fingidor.
ResponderExcluirFinge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.¨
(Fernando Pessoa)
Amigo Sávio seus poemas a cada dia fica mais proximos dos grandes mestres.
Compadre Alécio,
ResponderExcluirA "Dor Insana", como afirma o texto, ficou tão grande, que a dor da morte se tornou pequena diante dela.
Um grande abraço.