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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sábado, 2 de abril de 2011

Pescarias no Sanharol.

Dedicado ao meu primo Quinco.

Os quatro filhos homens de Pedro André e Zefa do Sanharol poderíamos classificar assim: Joaquim, o mais novo, era brincalhão, gaiato, tomava os sobrinhos a pagode. Jose o meu pai, era muito querido dos sobrinhos que o tomavam a pagode. Chico André era um doce, muito querido por todos e Tio Luiz, fugia os padrões para época: era serio demais, não tinha brincadeira, todos temiam.

Do lado materno, o meu tio Tereta, tomava conta do terreno de João Costa no Sanharol e tudo fazia para não permitir qualquer tipo de malinação na propriedade. Tinha neste terreno um bebedouro, que talvez fosse o unico do lugar onde os meninos não tinha baldeado a agua para pescar as piabas, dado os cuidados de Tereta.

Um belo dia, Nuna, filho de Tereta, convidou uma turma para pescar no bebedouro, a turma confiou, ora se estamos na companhia do filho do encarregada nada poderar nos acontecer. Quinco de tio Luiz, mesmo sabendo do risco que corria foi junto.

Quando estavam na maior farra ouviram o grito retumbante de Tereta: Foi menino pra todo lado nas moitas de mufumbo do baixio do Machado. Quinco de tio Luiz correu nu, deixando o calção para Tereta apresentar como prova.

Quinco devia ter uns 10 anos na época. Tomou chegada de casa e uma das irmãs levou outro calção para Quinco não aparecer nu em casa. No outro dia Tereta foi a casa de tio Luiz deixar a roupa de Quinco. Ah, meu nego, foi tanto peia que eu acho que Quinco ainda hoje não quer ouvir falar em peixe.

6 comentários:

  1. Esse Sanharol tem historia e estorias que não tem quem dê fim.

    Um abraço Quinco - Se zangue não.

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  2. pelo que sei, dito pelo próprio quinco - joaquim de luiz andré - (primeiro maestro e entusiasta da M-I-S.), QUANDO "TI Luiz" pegou ele com um cipó de "mameleiro" ainda dizia assim: "qué piaba? tome piaba". e lapo peia na bunda do "nêgo".rs

    isso virou "folclore" no sanharó...até pouco tem a turma zoava quinco com o "TOME PIABA"

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  3. É. O Pescador é ele mesmo. Há poucos dias o vi numa foto com uma turma do Chico.

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  4. É Tom: o tome piaba ficou mesmo po um bom tempo,eu queria saber se o Tom também tava na pescaria e se nesse tempo tinha o apelido de Zé M...Lembra? Só que o Tom já falou que era de outra turma, o quinco é bem mais velho.

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  5. Só poderia ter partido de Nuna, o mesmo que acertou a titela de Manoel de Vó com uma bala de bodoque o suficiente para derramar o baião de dois que estava sendo saboreado pelo dito Manoel.
    Morais!!!!!!!, Tenho certeza que por força dessa disciplina, ou melhor, peia no nobre primo Joaquim, até hoje ele deve enjeitar até Curimatã ovada. Nuna, grande figura, hoje testemunha de Jeová morando em São Paulo em sua própria casa, com todo conforto, fruto do seu trabalho e segundo ele da dedicação a Jeová Deus, totalmente diferente de quando morava no Sanharol, que por muito tempo só pregou a ruindade.

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  6. luis,
    num tava nessa pescaria...anos depois participei de uma pescaria inusitada lá no bebedouro da terra salgada, entra a terra dos andré e de ti luiz lixande...

    Inusitada pq tratava-se da pescaria de um TIÚ (tejo)...e o detalhe é que fui eu que peguei o bicho...tinha uma turma grande presente...helmano, pedim de ti luiz, raimundo e joão de zé andré e vários outros...depois de preso o tejo, JUNIOR DE ORIEL o matou com um tiro de espingarda...

    Pois é, Zé de lula me apelidou de ZÉ MAGUIM
    HELMANO ME CHAMA DE ZÉ MAGO
    ZÉ ANDRÉ ME CHAMAVA DE NEGUIM
    PAI SARÓ DE "NEGO VÉIO"
    NO AGRÍCOLA ME CHAMAVAL DE "SEU LUNGA"
    NO RIO ERA "CEARÁ"
    E AQUI NO PARÁ ME CHAMAM DE "SEU CHICO"...

    ABRAÇÃO

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