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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quarta-feira, 13 de abril de 2011

SONHO MEU - Por Mundim do Vale

Tudo que a pessoa gosta
No meu sonho aconteceu,
Ví a casa de Dirceu
Segura e muito disposta.
Ví a casa de Zé Costa
Com a antiga faixada
E a rua ainda calçada
Querendo dizer assim:
- Você ta vendo Mundim?
Por aqui não mudou nada.

Ví a casa de Nelim
Perto da de Manoela
E a casa que morei nela
Vizinha a Fábio Pimpim.
No outro lado o jardim
Todo enfeitado de flor,
Onde vinha um beija-flor
Para beijar cada rosa,
Mostrando pra Dona Dosa
Um cenário de amor.

Não quero que me aconteça
Esse sonho novamente,
Pois ele maltrata a gente
E vira a nossa cabeça.
Por incrível que pareça
O pior me aconteceu,
Quando o dia amanheceu
Eu fiquei atordoado.
Porque tinham derrubado
A casa de pai Dirceu.

6 comentários:

  1. Prezado Mundim.

    Esse era o sonho nosso. Já o sonho dos herdeiros eram outros.

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  2. Já faz alguns anos que não vou à Várzea Alegre. Quando for, certamente não vou reconhecer mais aquela cidade que nasci e vivi até aos 14 anos. É uma realidade inevitável, por força dos interesses financeiros, mas seria bom se a Secretaria de Cultura determinasse uma política de preservação do patrimôniuo material e imaterial do município, para que se preservasse o mínimo da identidade do nosso povo.

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  3. Paulinho.

    Uma boa sugestão. O governo municipal poderia criar um codigo de procedemento disciplinando o que se pode e não se deve fazer. Isto sim, não teria custos e mantinha o patrimonio fosse na mão desse ou aquele. Sugestão super inteligente.

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  4. Sonho meu, sonho meu, vai buscar o que .........

    em gênero, número e grau

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  5. RAIMUNDINHO, quando fui do sítio para a cidade morei na casa de tia MANOELA, de frente para aquele " lindo jardim" .Também presenciei todo "encanto"...que você canta nos versos.PENA que ao longo do tempo, a coisa mudou. A casa encontrava-se abandonada, deteriorada, sem nenhum cuidado, nenhum zelo, por parte dos proprietários/herdeiros, como se não representasse MEMÓRIA, HISTÓRIA...!!!
    Comenta-se na cidade que estava sendo usada por "elementos irresponsáveis" que por lá, em algumas dependências, praticavam atos ilegais/indescentes.
    LAMENTÁVEL..., como a força dos interesses financeiros é cruel. Conduziu o referido "BEM " a esse indesejável episódio.
    Vamos torcer para que numa outra situação semelhante , a sugestão do PAULO VIANA já seja realidade.
    Grande abraço...!!!

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  6. No Crato, por exemplo, não é permitido a construção de edificios com mais de quatro andares. Eu acho errado, mas a decisão é respeitada.

    Em Varzea-Alegre basta um decreto do prefeito neste sentido: É permitido vender, doar, trocar, mas não é permitido modificar, demolir. A estrutura tem que continuar intacta. Pronto. O que custa isso?

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