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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


domingo, 3 de abril de 2011

Um Domingo qualquer - Fotebol.

Dedicado a Valdenilde Correia, filha do condutor do veiculo que transportou os atletas.

Por volta de 1955, o Quixará, atual Farias Brito, ousou desafiar Varzea-Alegre para uma partida de futebol. As maiores dificuldades diziam respeito á arbitragem. Depois de reuniões seguidas, as partes chegaram a um entendimento. O primeiro tempo seria arbitrado por um juiz do Quixará e a fase final por um arbitro de Várzea-Alegre.

No dia do jogo, por volta das 11 horas da manha, Valdizio de Zé Odmar estacionou o velho "misto" na praça da igreja e os atletas foram se acomodando em seus devidos lugares. Seguiram por uma estrada carroçável que ligava os dois municípios via Cariútaba.

Pra encurtar a historia o primeiro tempo terminou com um escore de um a zero para o Quixará. Depois de trocarem o campo e o arbitro a contenda recomeçou. Aos 12 minutos os atacantes Raimundo de Bié e Nenên de Canuta já haviam convertido em gols duas das seis penalidades máximas marcadas pelo arbitro Jose de Adalio, o saudoso Zé Gatinha.

O jogo seguia em banho Maria para tranquilidade do juiz que não precisou mostrar as suas prerrogativas de autoridade. Aos 42 minutos, quando ninguém acreditava numa reação do Quixará, o zagueiro cobrou um tiro de meta, um bicudo daqueles que a bola sobe, sobe e vai caindo maneira como um gavião peneirador que posa numa ninhada de pintos. Um gaiato, na geral, usa um apito igual ao do arbitro. O beque de Varzea-Alegre, seu Tõe de Cota se atrapalha com o apito e segura a bola com as duas mãos dentro da pequena area. Não houve jeito para o arbitro, o pênalti teve que ser marcado e a bola colocada na marca da cal.

Antes de autorizar a cobrança da penalidade, o arbitro foi até o goleiro Perna Santa e advertiu: Se deixar entrar vai voltar para Várzea-Alegre a pé. Por sorte a bola tinha um manchão estragado e com o impacto do chute explodiu. A câmara de ar se desprendeu "pruuuus "e como um foguete tomou rumo ignorado, a capa da bola entrou mansinha rente a trave esquerda enquanto o goleiro se esparramou para o outro lado da baliza.

Aliviado Ze Gatinha marcou "meio" gol, e, não podia ser diferente, só entrou a metade da bola. A partida foi encerrada dois minutos antes do tempo regulamentar com o histórico escore de “dois a hum e meio" pra Várzea-Alegre é claro.


4 comentários:

  1. É claro que esta historia é de ouvi dizer. O maior desportista de Varzea-Alegre Jose Ataide não havia nascido ainda, portanto não me peçam testemunha que não as tenho. Mas que Varzea-Alegre ganhou não tenho a menor duvida.

    Abraços e um bom domingo.

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  2. Com Zé Adálio no comando tudo era possivel acontecer.

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  3. Várzea Alegre ganhou e isso basta, o resto......kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

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  4. Concordo com você Klebia já ganhou é o que basta....e com Papai condutor do misto de vovô Zé Odmar a comédia deve ter sido grande ....kkkkkk
    Abraços pra você Mundim ...!!

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