Noventa e sua carrocinha.
Memória do Crato. Pelo imponente prédio do BIC - Banco Industrial e Comercial do Ceará no cruzamento das ruas Bárbara de Alencar/Senador Pompeu vemos Noventa e sua carrocinha carregada de mercadorias.
Por falar em "Noventa" todo cratense com mais de 50 anos conheceu ou ouviu falar. Chapeado trabalhador, honesto e de uma dose singular de humor em tudo que fazia.
Certa feita eu estava na porta do BIC e ele passava conduzindo o sua carrocinha carregada de mercadoria. Um gaiato gritou da calçada do Banco do Brasil : Noventa! Você é um corno. Ele soltou o carrinho e perguntou para ao caboclo : Da primeira, segunda ou terceira Mulher?
O Sujeito - Das três.
Noventa apanhou o carrinho e seguiu caminho sem antes esquecer de lamentar - ou azar lascado.
Outra vez, o Noventa estava com sua carroça em frente a firma B.Bezerra e Cia quando chegou a filha com a marmita do almoço e pediu 5 cruzeiros.
Noventa respondeu de coração partido : tenho não minha filha, hoje o movimento foi muito ruim, não apareceu nenhum servicinho.
O Cel Humberto, filho de Balduindo Bezerra, proprietário do comercio a época, tirou do bolso os cinco cruzeiros e entregou a mocinha. Noventa aconselhou-a : devolva o dinheiro dele minha filha, não aceite, você recebe depois ele vai querer lhe comer.
Noventa como tantos outros cratenses esquecidos.
ResponderExcluirNOVENTA,
ResponderExcluirPERSONÁGEM FOLCLÓRICO DA CIDADE DO CRATO,BEM HUMORADO E ESPIRITUOSO E TINHA UMA FORMA PERSONALÍSSIMA DE CONTAR SEUS "CAUSOS"!
Noventa, as vezes,se aproximava de um grupo e ficava ouvindo as conversas....
ResponderExcluirCerta feita falava -se de bens e riquezas e foi quando ele se saiu com essa:"Olhe eu não tenho inveja de Luiz da Codema,de Seu Antonio Alves da Usina de Algodão,de Seu Aderson Tavares......agora,quando eu passo numa vereda e vejo um "tolete" com 2 ou três caroços de feijão brilhando....aí sim tenho inveja,pois esse aí tem SAÚDE........
Kkkkk
ExcluirKkkkkkkkkkkkkkk
ResponderExcluirNa década de 70, apareceu uma cerveja chamada Malte 90 (ruim que só a peste!) e fazia muito sucesso aquela música "Mata o Véio". Noventa saiu com essa "Um diz mate noventa; o ôto diz mata o véio. Querem acabar comigo mermo, vôte!
ResponderExcluirNoventa recebeu de presente da esposa uma bermuda. Numa época que poucas pessoas usavam. Vendo a decepção do marido perguntou : O que foi Noventa, não gostou do presente! Ele respondeu : vou guardar, no dia que eu ver Dom Vicente, Pedro Felicio, Filemon Teles e Seu Pierre usando eu vou usar também. Isso é roupa pra moleque.
ResponderExcluirEsta foto é uma verdadeira relíquia. Ver Noventa, o camarada mais bem humorado do Crato, atravessando a rua com a sua carrocinha é admirável.
ResponderExcluirNoventa estava muito bem acomodado na sua carrocinha em frente ao Banco Caixeiral do Crato. Quando ouviu um lamento de duas esposas de funcionários do Banco do Brasil que estavam sendo forçados a aceitar a demissão voluntária do governo, do famigerado Fernando Henrique Cardoso. Noventa interferiu na conversa : Minhas senhores, não digam que foi eu que disse, mas consigam uns empregos para os maridos de vocês neste banco, apontando para o Caixeiral. Aí só sai quando morre.
ResponderExcluirO conheci, e me divertia com seu jeito, divertido e sarcástico. Sem contudo, lhe faltar com o respeito. Era serio, honesto e grande altivez.
ResponderExcluirNoventa gostava de descansar nas janelas da escola técnica de comércio no horário de almoço. Lá ele estacionava seu carrinho e lia algumas coisas.
ResponderExcluirCerta vez noventa passando em frente a Praça São Vicente com o carro lotado e um cara gritou, vai levando né noventa, e ele respondeu de pronto, vou conduzindo que leva é mulher
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