Luiz Henrique Mandetta estava adorando tudo isso. Alçado a liderança política nacional, elogiado pela oposição, o ministro da Saúde se sentia à vontade até para ignorar as opiniões, mesmo toscas, do presidente da República. E não resistia, com sua palavra fácil e tom gentil, à tentação de fazer política em cada coletiva.
Exagerou. O presidente chegou ao Planalto, nesta segunda (6), decidido a demitir Mandetta. Mas a turma do “deixa disso” agiu e o esperto ministro decidiu propor a flexibilização do isolamento nos locais com 50% da capacidade de saúde liberadas.
Mandetta até ousou prestigiar o governador goiano Ronaldo Caiado, que na véspera havia rompido com seu chefe. Não tinha perigo de dar certo.
Bolsonaro tem três opções para o lugar de Mandeta: o ex-ministro da Cidadania e deputado Osmar Terra (MDB-RS) está na “pole position”.
Outra opção é seu amigo pessoal almirante Antonio Barra Torres, diretor da Anvisa e ex-vice-diretor do Hospital Naval Marcílio Dias, no Rio.
A médica Nise Yamaguchi, terceiro nome, defende o isolamento vertical e, como Bolsonaro, é entusiasta da cloroquina, remédio contra malária.
Quando eu via alguem contar vantagem e cagar goma com os generais do palacio eu dizia : Não espere nada dessa gente, todo militar promovido nos anos "Lularápio e Dilama" são iguais a eles. Aí está a prova. Certo ou errado ministro é para defender o governo. Bolsonaro é um frouxo, qualquer vereador, deputado, governador ou até mesmo um repórter de meia tigela mete medo nelo.
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