Demonstro, em pequenas crônicas neste espaço, as minhas reações diante dos acontecimentos, cada vez mais, esquisitos em torno de nós.
Sem um itinerário literário em que possa me ancorar, vou ditando com o coração, mais do que com a cabeça, sobre as desgraças de cada dia. Sem empolação nas narrativas, fazendo o que posso.
Devo dizer que, quando criança, as ciganas me metiam um certo medo, pelas feições, jeitos misteriosos, suas vestes.
Adianto, logo, não ter nada contra os ciganos e sua forma de viver. Mesmo porque cada um tem o direito de desenhar ou fazer “leituras” sobre os próprios destinos.
Mas, vejo que o efeito do medo, gerado por esta miserável pandemia, fez voltar, com força, as previsões ciganas, voltadas para adivinhar o futuro de um mundo pós-vírus.
Só que os ciganos de hoje pouco são encontrados nos seus acampamentos, como acontecia anteriormente. Eles retornam como comunicadores modernos, fazendo ressoar, antecipadamente, os acontecimentos.
Não minha praia, o futebol, afirmam categoricamente os profissionais “ligados no futuro” que, depois da passagem nefasta do Corona, o esporte rei não será mais o mesmo.
Ué, as regras serão modificadas, para acabar com o impedimento no jogo? Ou será permitido o uso das mãos para o manejo da bola?
Olha, pessoal, devagar com o andor que o santo não está com essa bola toda. As “leituras” também dão conta de que, após o Covid-19, a humanidade não será a mesma, com toda certeza.
O que é que há? Teremos finalmente o surgimento do novo homem, comprometido com as demandas do mundo?
Será este novo homem, o místico, o religioso, o econômico, o humanista, o musicista, o desportista ou o apresentador de televisão?
Quando a histeria caminha até para a caça, nas ruas, de pessoas que se atrevem a sair de suas casas, essas previsões elencadas podem ser consideradas otimistas.
A loucura ou, no mínimo, o exagero,está no ar, em substituição à sensatez.
E se a cigana nos enganou ?
Prezado Wilton - Por falar em cigano eu vou contar uma historia acontecida em Várzea-Alegre com um fazendeiro com a permissão de preservar o nome.
ResponderExcluirO fazendeiro tinha um cavalo muito bonito. O animal apareceu com uma bicheira no meio do rabo e partiu. O fazendeiro contratou um veterinário que fez o reimplante que com o tempo encabelou. Um bando de ciganos, de passagem pela cidade se engraçou do cavalo e comprou.
Quando o cigano chefe foi colocar a sela no animal deu um puxão no rabo para colocar no rabicho e o rabo partiu novamente.
Quando os ciganos procuraram o fazendeiro deu o maior pinote : Não me venham com conversa fiada, compraram porque quiseram, eu já gastei o dinheiro, podem levar o animal. O líder dos ciganos disse : Se preocupes não, nós viemos foi convidar o senhor para ir conosco sendo o chefe.
E, por falar no tema do seu texto, o pânico criado era de encomenda e em atendimento aos interessados em tirar proveito da pandemia. O ministro que recomendava o isolamento e mostrava um enorme sentimento pelos mortos e pelos que iam morrer, como ex-ministro se mostrou diferente. Reuniu centenas de colegas, abraçou beijou, cantou e dançou. O que era preocupação como ministro se transformou em festa como ex-ministro.
ResponderExcluir