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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quinta-feira, 3 de março de 2016

‘Cinismo da Câmara tem limite’, declara Jarbas - Por Josias de Souza

Espécie de cavaleiro solitário no PMDB, o deputado Jarbas Vasconcelos (PE) avalia que a tranqulidade imperial do também peemedebista Eduardo Cunha precisa ser interrompida. Diante da conversão de Cunha em réu no STF, Jarbas avalia que é preciso arrancá-lo da poltrona de presidente da Câmara. O deputado cobra providências dos líderes partidários. Algo que vá além do gogó.

“Cabe agora ao colégio de líderes da Câmara adotar providências imediatas para o afastamento de Eduardo Cunha da presidência da Casa. O cinismo que vigora na Câmara tem limite. É uma imoralidade e uma indecência ele ainda presidir a Câmara dos Deputados. Os líderes dos partidos, que têm vez e voz, têm que tomar providências, precisam agir.”

Os líderes reúnem-se semanalmente com Cunha para definir a pauta de projetos a serem votados no plenário da Câmara. No final do ano passado, lideranças oposicionistas esboçaram um boicote à reunião. Durou pouco. A normalidade atípica logo foi restabelecida.

Para Jarbas, a decisão do STF de transformar a denúncia contra Eduardo Cunha em ação penal, enviando-o ao banco dos réus, tornou inaceitável o que já era inacreditável. “Se uma pessoa sem ética e sem moral conduz os trabalhos da Câmara e os demais deputados aceitam que isso aconteça, todos acabam se nivelando a ele. É uma situação que revolta o povo e que deveria envergonhar os parlamentares. Todo o país está acompanhando essa vergonha que está acontecendo na Câmara.”

Nesta quarta-feira, nas pegadas da sessão do STF em que se formou a maioria de seis votos contra Cunha, líderes oposicionistas escalaram a tribuna para defender a saída do réu do comando da Câmara. Mas não há, por ora, vestígio de uma articulação capaz de transformar o vapor das palavras na energia que impulsiona os gestos.

Um comentário:

  1. No momento a permanência de Cunha na presidência da câmara interessa a Dilma. Sinceramente não combina Jarbas Vasconcelos com o PMDB. Nada há mais imoral que o PMDB. Sai daí Jarbas.

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