Em áudio, delatores também dizem que ex-assessor de Janot trabalhava para eles enquanto integrava a Lava Jato
Fonte: site da VEJA, Por Rodrigo Rangel
Joesley Batista: referências a quatro integrantes da Suprema Corte (BRAZIL PHOTO PRESS / Vanessa CARVALHO/AFP)
A
gravação de quatro horas que poderá levar à anulação da delação
premiada dos executivos da JBS traz menções comprometedoras a quatro
ministros do Supremo Tribunal Federal.
Uma
dessas menções é considerada “gravíssima” pelos procuradores – embora
as demais, nas palavras de quem as ouviu, também causem embaraços aos
envolvidos.
Fontes
com acesso ao áudio revelaram a VEJA que os ministros são citados pelos
delatores Joesley Batista e Ricardo Saud em situações que denotam
“diferentes níveis de gravidade”.
Algumas
são consideradas até banais, mas “ruins” para a imagem dos ministros.
Mas uma delas, em especial, se destaca por enredar um dos onze ministros
da corte em um episódio que parece “mais comprometedor”.
A expectativa é de que o Supremo torne a gravação pública nesta terça-feira.
Joesley
e Saud se gravaram durante o processo de negociação da delação premiada
com a Procuradoria. Aparentemente, estavam aprendendo a operar um dos
gravadores que usariam para registrar conversas com autoridades.
O
áudio, diz uma fonte, indica que ambos estavam sob efeito de álcool
durante a conversa – o que, de acordo com autoridades que trabalham no
caso, não elimina a necessidade de investigação sobre o teor do
diálogo.Além dos ministros do Supremo, os dois delatores da JBS
mencionam o ex-procurador da República Marcelo Miller, que trocou a
assessoria do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, por um
escritório de advocacia contratado pela JBS.
Joesley
Batista e Ricardo Saud dão a entender na conversa que, mesmo no período
em que auxiliava Janot na Lava Jato, Miller já trabalhava para a JBS.
Por
terem omitido os episódios citados na conversa durante os depoimentos
prestados como parte da delação premiada, os delatores poderão ter os
benefícios do acordo cassados, conforme o próprio Rodrigo Janot anunciou
no início da noite desta segunda-feira em Brasília.
Os dois delatores serão ouvidos novamente pela Procuradoria para explicar os episódios a que se referem na gravação.
Há um ditado antigo que diz não haver crime perfeito. Essa delação foi um crime e, o pior, imperfeito. Uma combinação entre PGR, a JBS e o capeta Lula da Silva. Não colou e o procurador está tirando o dele da vereda. Não sei se os demais vão poder fazer o mesmo.
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