O futebol sul-americano tem uma bela história de conquistas através de seleções e clubes.
Produziu os maiores craques do mundo a partir de Pelé, o maior de todos.
Infelizmente, nos últimos tempos, tem se prestado a papéis humilhantes.
Começa por assumir no cenário mundial a condição de mero fornecedor de pé de obra.
Mal completam 18 anos, os nossos garotos já estão negociados com as multinacionais da bola instaladas na Europa.
As recomposições nos clubes, pelo menos no Brasil, são feitas com “ferro velho”.
Isso aumenta o fosso entre o futebol organizado do velho mundo e aquilo que supostamente se faz bem por aqui.
E tome escamoteação midiática para naturalizar a decadência.
Inventaram um tal de “futebol de Libertadores”, nada mais que uma senha para se praticar o futebol desonesto.
O Palmeiras contratou o meio campista Felipe Melo. Ao chegar ao Brasil, às portas de uma competição sulamericana, foi logo avisando: ia ter bofete para todo mundo.
Ainda há quem se amarre nisso e completa: “Libertadores é isso aí”.
Afora algumas conquistas localizadas de Corinthians e Grêmio, o rol de fracassos do nosso futebol é uma grandeza.
O desdém do Real Madrid sobre o Grêmio e o pouco caso feito pelo Barcelona numa decisão de título mundial contra o River Plate massacram os sentimentos de todos nós.
Não quero nem lembrar a canalhice a qual o Santos se submeteu nas partidas contra o Barcelona.
No segundo jogo, o da goleada, o time santista pegou na bola menos que os gandulas.
E para encerrar esse papo de lamúria, o episódio de selvageria envolvendo a conquista do Independiente na Sulamericana em cima do Flamengo.
O time argentino já está entediado por tantas conquistas desse lado do hemisfério, a exemplo de Real e Barcelona, que já não sabem onde colocar troféus.
No futebol brasileiro dos ladravazes, a preferência é muito clara pela empulhação e avacalhação.
"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".
Dom Helder Câmara
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Primeira foto - Dirceu Lopes Pelé e Tostão craques de uma geração respeitada em todos os sentidos : Honradez, moral e decência.
ResponderExcluirSegunda foto - Expulsão de Ratin, craque Argentino, em 1966 na Inglaterra. Ratin chutou a bandeira do Reino Unido hasteada na extremidade do campo. Na foto com Ramos Delgado, o Juiz e Maldonado. Ratin e Ramos Delgado fizeram mais pelo Futebol Argentina que Maradona e Messy juntos. Ganharam bem menos dinheiro, perderam só nesse detalhe.