Ilustração: o cortejo fúnebre de S.M.I. o Imperador Dom Pedro II do
Brasil, com seu caixão envolto em uma Bandeira do Império, conforme
registrou periódico francês da época.
Escrevi, dias atrás, sobre o
funeral de Dom Pedro II, ocorrido na França , quando o magnânimo
Imperador – ainda hoje é considerado “O Maior dos Brasileiros” – se
encontrava vivendo no exílio, forçado a isso pelos golpistas
republicanos que obrigaram toda a Família Imperial a deixar o Brasil.
As
autoridades republicanas brasileiras não fizeram uma única manifestação
de pesar pelo falecimento daquele grande estadista, admirado em todo o
mundo. Julgavam-se, os golpistas de 15 de novembro de 1889, seres
privilegiados, que os demais segmentos da população era “reacionária” e
se jactavam de que iriam colocar o Brasil no caminho da “Ordem e
Progresso”, (deu no que deu, até descambar nos corruptos e incompetentes
governos Lula/Dilma).
Mas o que gostaria mesmo é de falar o que o
Governo e o povo francês fizeram para reparar a infâmia dos republicanos
brasileiros.
O jornal “Le Jour”, por ocasião da morte do Imperador
Dom Pedro II, exilado pela República golpista, a 5 de dezembro de 1891,
fez um elogio fúnebre em primeira página, insistindo na ideia de que era
o momento de a França corresponder ao apoio que o Imperador lhe havia
dado, pois fora Sua Majestade “o primeiro Soberano que, após nossos
desastres de 1871, ousou nos visitar. Nossa derrota não o afastou de
nós. A França lhe saberá ser agradecida.”
O Presidente da França,
Sadi Carnot, decidiu prestar ao Imperador as honras de Chefe de Estado. A
importância das exéquias públicas do Soberano deposto, decidida pelo
governo francês, e as homenagens póstumas de que foi alvo, causaram a
maior irritação ao Embaixador do Brasil, que apresentou ao Quai d’Orsay
os protestos do governo republicano imposto por um golpe em 15 de
novembro de 1889.
Enviados de todas as nações compareceram à
cerimônia fúnebre. Na Igreja da Madeleine, entre os membros do corpo
diplomático, só se notou um lugar vazio – o do representante do nosso
País. O Brasil oficial se negou a tomar parte na maior glorificação do
nome brasileiro! Mas o Brasil profundo, autêntico, estava condignamente
representado por uma filha enlutada, a Princesa Dona Isabel, convertida
em Chefe da Casa Imperial e Imperatriz “de jure” do Brasil.
Naquele
dia 9 de dezembro, muito cedo, apesar da chuva incessante e do vento
frio, uma verdadeira multidão começou a ocupar a Praça da Madeleine e a
invadir as ruas e avenidas adjacentes. Antes do meio-dia, a multidão já
se tornara tão compacta, que os correspondentes do “Daily Telegraph” e
do “Daily Mail” escreveram:
“Havia tanta gente nos funerais do Imperador quanto nos de Victor Hugo.”
Calcula-se em 200.000 as pessoas que assistiram à passagem do cortejo fúnebre.
Joaquim Nabuco, correspondente do “Jornal do Brasil”, escreveu por ocasião das exéquias suntuosas do Imperador em Paris:
“Mais
do que isso, infinitamente, D. Pedro II preferia ser enterrado entre
nós, e por certo que o tocante simbolismo de fazerem o seu corpo
descansar no ataúde sobre uma camada de terra do Brasil interpreta o seu
mais ardente desejo. Ao brilhante cortejo de Paris ele teria preferido o
modesto acompanhamento dos mais obscuros de seus patrícios, e daria bem
a presença de um dos primeiros exércitos do mundo em troca de alguns
soldados e marinheiros que lhe recordassem as gloriosas campanhas nas
quais seu coração se enchera de todas as emoções nacionais. Mas foi a
sua sorte morrer longe da Pátria. É uma consolação, para todos os
brasileiros que veneram o seu nome, ver que ele, na sua posição de
banido, recebeu da gloriosa nação francesa as supremas honras que ela
pode tributar. No dia de hoje o coração brasileiro pulsa no peito da
França.”
(Baseado em trecho do livro “Revivendo o Brasil-Império”, de Leopoldo Bibiano Xavier.
Postado por Armando Lopes Rafael)
Postado por Armando Lopes Rafael)
Para se comparar os mandatários da Monarquia com os da Republica é bastante observar a falta de caráter, vergonha e bons costumes dos atuais. Só isso basta. Mas, se você acha pouco, a republica oferece : palhaço na câmara federal, quebradora de coco no senado federal e um analfabeto ladrão na presidência.
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