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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Efemérides: 5 de dezembro -- Completam-se hoje 126 anos da morte do imperador Dom Pedro II

Funeral de D. Pedro II noticiado na capa do Le Petit Journal um dia após sua morte.

    Nas pequenas efemérides da História do Brasil, em 5 de dezembro de  1891 assinala o falecimento, no exílio, em Paris, do Imperador Dom Pedro II. Ele foi o governante que ficou mais tempo à frente do Estado brasileiro em toda a história do país.A morte do segundo imperador do Brasil repercutiu muito na capital francesa. Lá, aconteceu uma das maiores solenidades de sepultamento de um personagem histórico.

     Dom Pedro II morreu, aos 66 anos de idade,  devido a uma pneumonia. Dois anos anos antes de sua morte, ele foi deposto por conta de um golpe militar, denominado pelos golpístas de "proclamação da República", acontecida em  15 de novembro de 1889.
Dom Pedro pediu que o sepultassem com a cabeça apoiada num travesseiro,  cheio de terra do Brasil. Seu desejo foi satisfeito

    Dom Pedro II foi figura central para a manutenção da unidade territorial brasileira.
Em quase meio século de reinado, D. Pedro II presidiu a solução dos grandes problemas que, quando ele subiu ao trono, ameaçavam a própria existência do país. O Brasil estava à  beira da fragmentação em 1840.

    Mesmo quando ainda era criança, dom Pedro II teria tido uma importância simbólica. Cerqueira explica que, sem a existência da figura do imperador, o Brasil teria se desintegrado em vários estados, talvez mediocres, na década de 1830, período em que Dom Pedro I (pai) deixou o Brasil; o país teve que ser governado por Regentes, com mão de ferro, mantendo a integridade territorial, em cima do herdeiro nato, o menino Pedro, durante a Regência ocorreram inúmeras revoltas.
“Se não tivesse essa criança como centro do poder no Rio de Janeiro, não teria havido a continuidade do Brasil. O Brasil teria deixado de existir. Teriam sido criados diversos países aqui. Depois, em seu governo, foi ele que solidificou todas as instituições nacionais”.
    O Brasil em 1889, exibia poucos sinais de fratura.
    O tráfico fora extinto, e a escravidão fora abolida.
   A instabilidade política havia sido substituída pela consolidação do sistema representativo e pela hegemonia do governo civil, em nítido contraste como o que se passava nos países vizinhos.

    Na política externa, o Brasil definira com clareza e preservara seus interesses na região platina, e ganhara a respeitabilidade diante da Europa e dos países americano.

O Brasil vivia sob o sistema do Parlamentarismo

    O monarca instaurou o parlamentarismo no Brasil em 1847, ao abdicar de parte das atribuições governamentais em favor de um presidente do Conselho de Ministros, uma espécie de primeiro-ministro.
    Na segunda metade do século XIX, as manifestações culturais mantêm as influências europeias, principalmente a francesa, mas cresce a presença de temas nacionais. O segundo reinado foi uma época de grande progresso cultural e de grande significância para o Brasil, com o crescimento e a consolidação da nação brasileira como um país independente, e como importante membro entre as nações americanas. Denota-se nesta época a solidificação do exército e da marinha, culminando na Guerra do Paraguai em 1870, e mudanças profundas na situação social, como a gradativa libertação dos escravos negros e o incentivo de imigração para a força de trabalho brasileira.

    O regime monárquico novamente consolidou-se com a ascensão de D. Pedro II, personalidade principal deste período. O prestígio internacional que o Brasil alcançou nessa época, mesmo comparado com determinados países da Europa de então, e seu progressivo desenvolvimento social e econômico, foram em grande parte devidos à firmeza com que D. Pedro II conduziu o país. Além disso, na agricultura, o cacau e a borracha ganharam destaque na produção agrícola. O surto da borracha - Pará e Amazonas - levou o Brasil a dominar 90% do comércio mundial. Porém, o principal produto de exportação brasileira será o café. Dessa forma, a economia cafeeira foi responsável pelo processo de modernização econômica do século XIX, possibilitando o desenvolvimento urbano, os meios de transportes ( ferrovias e portos ), desenvolvimento dos meios de comunicação ( telefone e telégrafo ) , a substituição do trabalho escravo pelo trabalho livre e o surto industrial.



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