Cármen Lúcia até hoje não pautou pedido de suspeição do ministro Gilmar Mendes, solicitado há meses pelo então Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot
Rio - Presidente do Supremo Tribunal Federal, a ministra Cármen Lúcia tem muito a explicar à sociedade para que não lhe caia a pecha de preservar uma Corte corporativista. Até hoje não pautou pedido de suspeição do ministro Gilmar Mendes, solicitado há meses pelo então Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, no caso da soltura de Jacob Barata Filho por decisão de Gilmar em duas ocasiões. Gilmar, compadre confesso de Barata, o soltou pela terceira vez e deixou o Supremo na contramão de outros casos de presos que também almejam a liberdade. Cármen já se enrolou com voto de minerva no caso que deixou para o Senado o aval de decidir se Aécio Neves deveria ser preso – e assim abriu precedente inédito no qual, agora, toda Assembleia Legislativa ou Câmara de Vereadores terá a palavra final sobre decisão judicial de prisão de mandatários.
"Padim".
O então governador Aécio, em Minas Gerais, foi um dos apoiadores para a nomeação da mineira Cármen Lúcia para o STF. Todo nome para o Judiciário passava por ele.
"Luz da lei".
Não há erro na liminar monocrática para Barata Filho, solto por decisão de Gilmar. Foi à luz da interpretação da lei. O problema é a suspeição da relação de compadrio.
"Volta ao Rio".
O ministro da Secretaria de Governo, Moreira Franco, está se movimentando politicamente para se lançar a deputado federal.
"Bolsonaro x Lula".
Caso Geraldo Alckmin, potencial candidato tucano à Presidência em 2018, não ganhe corpo, ficará evidente polarização entre Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (Patriota). Mas para Bolsonaro crescer, lembram raposas políticas, ele terá de ceder. Dar uma de ‘Lulinha paz e amor’. Ou seja, baixar a voz e a gritaria. Só assim Lula ganhou a eleição.
"Sobre cartas".
Fato é que Lula quer repetir a Carta ao povo brasileiro, se não for impedido pela Justiça de concorrer. Fato também é que Bolsonaro, se quiser escrever uma Carta, não será apenas para o povo. Mas também para a Federação dos Bancos e para a Confederação Nacional da Indústria. A turma do andar de cima. Será que ele topa?
"Missiva".
Assim como fez para se livrar da segunda denúncia da PGR, o presidente Michel Temer cogita enviar uma carta para deputados da base governista em apelo à aprovação da
reforma da Previdência. Repetirá que as mudanças nas regras de aposentadoria “são urgentes, fundamentais e não podem mais esperar”.
"Será"?
A presidente do Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário, Jane Berwanger, reiterou durante a 23ª Conferência Nacional da Advocacia Brasileira que a proposta de reforma do Governo Michel Temer é um retrocesso: “Estamos diante de uma possível catástrofe, pois o Governo defende que todos os males da humanidade vêm da Previdência”.
"Ah, Geraldo".
O deputado major Olímpio (SDD-SP) fez levantamento e sustenta que o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), não nomeou 1.240 novos policiais, como anunciou o tucano. “Olha o nariz crescendo”, provoca o parlamentar.
"Aos números".
Olímpio afirma que, ao invés dos 1.240 agentes anunciados, foram nomeados 959; desses, 186 já eram policiais que apenas mudaram de carreira. Portanto, afirma, foram só 773, 40% a menos.
"Cota de Temer".
Tem um pano de fundo a diplomacia do ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, ao evitar o confronto com o chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha. O tucano negocia pessoalmente com o presidente Michel Temer sua permanência no comando do Itamaraty, mesmo com o desembarque do PSDB da base.
"Precedente".
O chanceler Aloysio Nunes pretende trilhar o mesmo caminho do colega da Defesa, Raul Jungmann, que permaneceu à frente da pasta mesmo após o partido (PPS) desembarcar do Governo, em maio, quando veio à tona o escândalo JBS.
"Bombeiro do DF".
Sem literatura para esses casos, o Brasil incorre no equívoco de fechar os olhos para seus problemas. Seja por ato pessoal e ou isolado, independentemente da motivação, o bombeiro que roubou caminhão da corporação colocou vidas em risco. Em qualquer outro país, nos EUA ou na Europa, isso seria tratado como suspeita de terrorismo.
"Terrorismo mineiro".
Lembramos ainda o equívoco da mídia em insistir em citar como “tragédia” o caso da creche incendiada por zelador em Janaúba (MG), que resultou em mais de 10 mortos – a maioria crianças. Não foi tragédia, foi ato terrorista consumado.
O STF faz parte da banda podre da justiça nomeada e subserviente. Esta nivelado ao que de pior existe na avaliação das instituições brasileiras. Perdeu por completo a credibilidade.
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