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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sábado, 2 de dezembro de 2017

2 dezembro de 1825: há 192 anos nascia o Imperador Dom Pedro II


   A 2 de dezembro, às duas e meia da manhã, nasceu o futuro Pedro II, que governaria o Brasil por mais de quatro décadas. “Um filho que correspondeu a todos os meus anseios”, diria Leopoldina à amiga, milady Graham. O parto demorou cinco horas e o sétimo filho da imperatriz nasceu com aparência vigorosa, medindo 47 centímetros. Houve muita celebração na capital. As casas iluminaram-se durante quatro dias. O veador da casa imperial, brigadeiro Francisco de Lima e Silva, apresentou o menino à corte.

   No batizado, em 9 de dezembro, foi executado um Te Deum de autoria de Pedro I. Em 2 de janeiro de 1826, pediu-se para o menino a proteção de Nossa Senhora da Glória, na Igreja do Outeiro. Cinco dias depois do nascimento do filho legítimo, via a luz, em Mata-Porcos, Pedro de Alcântara Brasileiro. O imperador assistiu ao parto de Leopoldina na Quinta da Boa Vista, fez a apresentação do filho e, em menos de uma semana, voltou para a amante, onde encontrou o outro filho nascido.
(Baseado no livro “A Carne e o Sangue”, de Mary del Priore)


A imprensa, Dom Pedro II e a “esquerdona” Jurássica – por Armando Lopes Rafael
    Alguns adeptos mais exaltados da esquerda troglodita brasileira (PT, PCdoB, PSOL, PSTU...) passaram longos anos a demonizar a grande imprensa brasileira, taxando-a com o reles apelido de “PiG” (Partido da Imprensa Golpista).

   Vieram os escândalos de corrupção dos governos petistas, depois análogas denúncias contra políticos de outras siglas e a velha esquerdona calou-se. O jargão agora é chamar os adversários de “Fascistas”. Mas essa aleivosia será mote para futura postagem.

   Para os trogloditas a imprensa só deveria existir para tecer loas ao governos de plantão da Ré Pública. Na mente dessa gente qualquer crítica – mesmo construtiva – não deveria ser feita à “divindade” que ocupa momentaneamente os Palácios do Planalto, da Alvorada e a Granja do Torto.

   Li, tempos atrás, o livro “D.Pedro II”, de José Murilo de Carvalho, uma boa biografia – dentre as muitas já publicadas ao longo do tempo – sobre aquele que ainda hoje é considerado “O maior dos brasileiros”. Nesta obra, o que mais me chamou a atenção foi tomar conhecimento de como o Imperador lidava com a imprensa, à época do Brasil Império.

   No Credo Político escrito por Dom Pedro II consta: “Leio constantemente todos os periódicos da Corte e das províncias (hoje, estados) os que, pelos extratos que deles se fazem, me parecem mais interessantes. A tribuna (do Parlamento) e a imprensa são os melhores informantes do monarca”.
Quando de sua primeira viagem ao exterior – quando já tinha 46 anos de idade e 31 como governante do Brasil – o Imperador Pedro II escreveu Conselhos à Regente (no caso, à Princesa Isabel que o substituiria durante a viagem) onde consta no item Imprensa:

   “Os ataques ao Imperador (...) não devem ser considerados pessoais, mas apenas manejo ou desabafo partidário”.
    Murilo de Carvalho revela que “Durante a guerra contra o Paraguai, o jornal Ba-ta-clan, publicado em francês no Rio de Janeiro por Charles Berry, ridicularizava os chefes militares brasileiros. D.Pedro impediu que fosse fechado e protestava sempre que alguma violência era exercida contra jornais” e acrescenta: “pode-se dizer que a imprensa nunca foi tão livre no Brasil como em seu reinado”.
   Vejam esta informação de José Murilo de Carvalho: “Diplomatas europeus e outros observadores estranhavam a liberdade dos jornais brasileiros. Schreiner, ministro da Áustria, afirmou que o Imperador era atacado pessoalmente na imprensa de modo que “causaria ao autor de tais artigos em toda a Europa, e até mesmo na Inglaterra, onde se tolera uma dose bastante forte de liberdade, um processo de alta traição”. O ministro da França, Amelot, também registrou que em 1887 que havia no Brasil uma liberdade ilimitada da imprensa e um “parlamentarismo exagerado”.

   E, no entanto, o Imperador Pedro II pagava um alto custo na sua defesa intransigente pela liberdade de imprensa. “Ele, (a Princesa) Isabel e o conde d’Eu eram vítimas constantes de ataques de jornais como A República e da Revista Ilustrada de Ângelo Agostini. Satirizavam (até) o físico do monarca chamando-o Rei Caju, por causa do queixo proeminente”, informa o autor do livro em tela.

    Nunca me esqueço do episódio com o correspondente do New York Times, Larry Rother, foi ameaçado de expulsão do Brasil, no primeiro governo de Lula,  por ter elaborado uma  reportagem sugerindo a ingestão excessiva de álcool pelo “Pai dos Pobres e a alma mais honesta deste País” (sic).  Naquela tempo tinha quem acreditasse nessas duas falácias. Ora, a dependência de Lula ao álcool é fato de domínio público. Há muito tempo. Desde as três derrotas que ele sofreu quando candidato a Presidente da República (uma vez para Collor e duas para Fernando Henrique).

    E quando os grandes jornais publicaram as  matérias – devidamente comprovadas – sobre a existência do “mensalão”, dos dólares na cueca, das elevadas despesas dos cartões corporativos, do “Petrolão” ( o maior processo de corrupção do mundo, segundo dados da Operação Lava Jato) e tantos e tantos outros episódios de roubalheiras  eram sempre tachados de “PiG”. Para os esquerdistas jurássicos, ( e como existem) que vivem a louvar cegamente a petralha, só deveriam existir – no Brasil – publicações do tipo “Carta Capital” e “Caros Amigos”. E os jornalistas deveriam ser todos do naipe de Paulo Henrique Amorim ou Luís Nassif...
Ah! Raça...

Um comentário:

  1. A noite quando me deito,
    Fico a sonhar no meu leito,
    Com o Brasil dos Andrada.
    Roubo, furtos e distorção,
    Hoje é quem nasce primeiro.
    De cada dez brasileiros
    Tem oito ou nove ladrão.

    Bidin.

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