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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


terça-feira, 12 de dezembro de 2017

MAL-ESTAR - Por Wilton Bezerra.

Digressiono mentalmente e não sei o que escrever sobre o momento vivido pelo Brasil.
Sim, porque lemos e ouvimos nada mais que um monturo de feiúra.
Os que nos governam pioram de quinze em quinze minutos.
O show de cinismo continua e Marun agora é ministro.
Canalha de aluguel tem ocupação certa.
É desesperador perceber o custo do peso dessa estagnação que assistimos.
Roubar no país virou diletantismo.
Qualquer um se considera no direito de fazer uma “parada”.
Posso até concordar que o mal não alcança o mundo todo.
Mas é forçoso reconhecer: o mal esticou sua temporada nessa terra de gente bronzeada que perdeu o valor.
Agora, pode-se dizer ser o Brasil um país de linchamentos.
Embora se diga que muitos merecem ser linchados.
Retorno à idade selvagem?
Num domingo desses, a torcida da Ponte Preta invadiu o campo de jogo do estádio Moisés Lucarelli para linchar o time todo.
Espetáculo degradante.
Enfim, para não causar um mal-estar maior aos leitores, vou encerrando este mini-papo.
Luz no fim do túnel?
Seria bom, mesmo que fosse de uma locomotiva.

Um comentário:

  1. É a "iniquidade". Temos no comando os que roubaram, os que estão roubando e os doidos para roubar. Muito bom texto. Não carece de nenhum reparo.

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